Helicóptero que levava Ricardo Boechat não podia fazer táxi aéreo
A aeronave que caiu nesta segunda-feira (11) provocando a morte do jornalista Ricardo Boechat e do piloto Ronaldo Quattrucci não tinha autorização para fazer o serviço de taxi aéreo.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) , a RG Serviços Aéreos Especializados, dona do helicóptero, não poderia fazer nenhuma atividade remunerada , a não ser de “aerofotografia, aeroreportagem, aerofilmagem, entre outros do mesmo ramo”.
“Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a Anac abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente”, afirmou a Anac, em nota.
O helicóptero saiu de Campinas, no interior paulista, e seguia para o Grupo Bandeirantes, no bairro do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista.
O chamado de socorro foi feito às 12h14. A queda ocorreu perto do quilômetro 7 do Rodoanel, sentido Castelo Branco. De acordo com a CCR Rodoanel Oeste, que administra o Rodoanel, houve uma terceira vítima com ferimentos, o motorista do caminhão.
De acordo com o capitão Paiva, da Polícia Militar, a aeronave tentou pousar no acesso do Rodoanel com a Rodovia Anhanguera quando “um caminhão que havia acabado de passar pela praça de pedágio na faixa do sem parar não teve tempo hábil de frear e colidiu com a aeronave ainda pousando”.
“Entende-se preliminarmente que ele [caminhão] estava numa velocidade razoável para baixa porque havia acabado de passar pela praça de pedágio. Era uma faixa do sem parar, mas tinha seu limite de velocidade”, disse o capitão. A perícia do acidente é feito pela Polícia Técnica Científica e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
A aeronave era um Bell Helicopter, prefixo PT-HPG, fabricada em 1975. Estava regular, segundo a Aeronáutica. Com capacidade para cinco pessoas, sendo um piloto e quatro passageiros, esse modelo de helicóptero é considerado seguro. O veículo era de propriedade da RQ Serviços Aéreos Especializados.
A Anac informou que abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente.
Leia a nota na íntegra:
“A aeronave de matrícula PT-HPG, acidentada hoje, em São Paulo, era operada e pertencia à empresa RQ Serviços Aéreos Especializados LTDA. A empresa possui autorização da ANAC para prestar Serviços Aéreos Especializados (SAE), que incluem aerofotografia, aeroreportagem, aerofilmagem, entre outros do mesmo ramo. A aeronave acidentada também estava certificada na categoria SAE. Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a ANAC abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente”.
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