Polícia Federal negocia com defesa para que Lula se entregue

Ex-presidente Lula. Foto: Reprodução

Ex-presidente Lula. Foto: Reprodução

Igor Romário de Paula, delegado da Polícia Federal, informou  na tarde desta sexta-feira (6) que a instituição negocia com a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele se apresente. Segundo o delegado, a negociação prossegue mesmo após o fim do prazo estabelecido pela Justiça, às 17h.

A declaração do delegado foi feita após uma reunião entre a Polícia Federal e representantes da Secretaria de Segurança Pública do Paraná.

O delegado disse que a intenção é evitar confrontos, já que o ex-presidente está no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC cercado por apoiadores. Igor acrescentou que é remota a chance de a Polícia Federal entrar no sindicato para prender o ex-presidente.

A expectativa é que Lula, condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (segunda instância da Justiça), a 12 anos e 1 mês de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, faça um pronunciamento antes de se entregar.

Ainda segundo o delegado, caso o ex-presidente não se entregue, ele acredita que não deve demorar para que a ordem de prisão seja cumprida pela Polícia Federal.

“Eu não acredito que se prolongue por muito tempo. Mas estão sendo consideradas uma série de coisas para evitar confronto. Este tipo de prisão gera ânimos exaltados de vários lados”, declarou.

Desde o final da tarde de quinta-feira (5), Lula encontra-se no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Ele se dirigiu ao local após o juiz federal Sergio Moro pediu a prisão do ex-presidente no caso do tríplex no Guarujá, em São Paulo, determinando que ele se entregue à Polícia Federal até as 17h desta sexta-feira (6).

De acordo com Gleise Hoffmann, presidente do PT, Lula está aguardando as decisões do recursos que impetrou inclusive em órgãos internacionais e participará de uma missa na manhã deste sábado (7), em celebração do aniversário de Marisa Letícia Lula da Silva, que se estivesse viva, completaria 68 anos. A mulher do ex-presidente morreu em fevereiro de 2017 após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma.

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