Por falta de provas, inquérito contra Haddad e Vaccari na Lava Jato é arquivado

Fernando Haddad e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Foto: Divulgação/PT

Fernando Haddad e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Foto: Divulgação/PT

O Ministério Público arquivou por falta de provas um inquérito aberto no âmbito da Operação Lava Jato contra o ex-prefeito Fernando Haddad e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Eles eram investigados por um suposto pedido de propina da ordem de R$ 5 milhões, que teria sido feito em 2013, para quitar dívidas de campanha eleitoral. A investigação foi aberta com base na delação premiada do ex-diretor da empreiteira OAS Leo Pinheiro.

De acordo com o MP ,“a despeito das diversas diligências investigativas realizadas para esse fim”, nada foi encontrado. Ainda segundo o promotor Paulo Rogério Costa, também “não é possível atribuir a Fernando Haddad a solicitação direta ou indireta e ainda o percebimento de vantagem indevida da empreiteira OAS, em razão de sua função, que à época era de prefeito municipal de São Paulo, mediante a contraprestação de ser prolongado um contrato administrativo com a empreiteira”.

Leia íntegra da nota da defesa de João Vaccari Neto:

A defesa do Sr. João Vaccari Neto, vem à público informar que o Ministério Público apresentou sua promoção de arquivamento do Inquérito Policial, no âmbito da Lava Jato, o qual investigava o Sr. Vaccari e o ex-prefeito Fernando Haddad, por suposta corrupção passiva envolvendo solicitação de propina de R$ 5 milhões à OAS, em 2013, para quitação de despesas de campanha eleitoral.

A investigação foi aberta com base na Delação premiada Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que afirmou, sem qualquer prova, que teria sido procurado pelo Sr. Vaccari, ex-tesoureiro do PT, no primeiro trimestre de 2013, e que este teria lhe pedido R$ 5 milhões para pagamento de dívidas de campanha do Haddad em troca de continuidade em contratos com a Prefeitura.

O Sr. Vaccari sempre negou esta afirmação do Léo Pinheiro, pois jamais fez qualquer solicitação de propina a ele ou a quem quer que seja. O próprio Ministério Público, após as investigações, chegou à conclusão de que os crimes atribuídos aos investigados nunca ocorreram e que após mais de 680 páginas de documentos colhidos, o suposto valor exigido pelo Sr. Vaccari não se comprovou, afirmando ainda, que as defesas apresentaram documentos que demonstraram a improcedência das acusações do delator.

A defesa do Sr. Vaccari, reiteradamente, tem sustentado a sua confiança na Justiça brasileira, que ao final, tem convicção, concluirá pela improcedência de todas as acusações infundadas, levianas e mentirosas que seu cliente sofreu.

São Paulo, 16 de dezembro de 2021

Prof. Dr. Luiz Flávio Borges D’Urso
Advogado Criminalista

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