Pneumologista alerta sobre cuidados com surto de gripe

Mulher com resfriado. Foto: Pikist

Mulher com resfriado. Foto: Pikist

Não bastasse o avanço da variante ômicron do coronavírus, o aumento no número de casos de Influenza também cria mais incertezas sobre a tão aguardada reunião familiar de Natal e a festa de réveillon. A alta de casos de gripe já foi constatada em ao menos nove estados.

Por causa da semelhança dos sintomas, as duas infecções podem ser inicialmente confundidas. O médico pneumologista Álvaro Gradim, presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), explica que a epidemia de gripe verificada na cidade do Rio de Janeiro e o início de um surto na capital paulista são provocados pelo vírus Influenza H3N2.

Porém, o profissional alerta: “a cepa que está causando os casos, a variante Darwin, nome da cidade australiana onde foi detectada, não é coberta integralmente pela vacina que os brasileiros tomaram este ano, há mais de seis meses”.

“A próxima vacina da gripe, ministrada no Brasil a partir de abril e maio, já oferecerá cobertura para a nova cepa. Até lá, porém, as pessoas devem redobrar os cuidados para evitar o contágio, pois os sintomas são fortes, podendo levar a muitos casos de internação”, frisa o médico, acrescentando: “Como ainda não está debelada a pandemia da Covid-19, é necessário manter o uso de máscaras em ambientes fechados, evitar multidões, higienizar sempre as mãos, lavando ou com álcool 70. Esses cuidados são eficientes tanto contra o novo coronavírus quanto o H3N2”.

Sintomas parecidos com outras doenças

Como os sintomas da gripe e da Covid-19 podem ser parecidos, é necessário procurar um serviço médico assim que se manifestem. Os testes indicarão qual o vírus está causando a infecção, orientando os procedimentos clínicos e, ou hospitalares a serem adotados em cada caso.

“O aparecimento no Brasil desta nova cepa do H3N2, de modo simultâneo à pandemia da Covid-19, é um complicador para a saúde pública, sendo recomendada a continuidade dos cuidados básicos para se evitar o contágio”, conclui o presidente da AFPESP.

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