Neymar se manifesta pela primeia vez após acusação de assédio sexual

Neymar. Foto: Reprodução/Instagram

Neymar. Foto: Reprodução/Instagram

Neymar se manifestou pela primeira vez, nesta desta sexta-feira (28), sobre a alegação de que o contrato dele com a Nike foi rompido após uma denúncia de assédio sexual. A informação foi divulgada pelo “The Wall Street Journal”, com base em documentos obtidos.

Ao jornal norte-americano, a conselheira geral da empresa de materiais esportivos, Hilary Krane, declarou que o rompimento do contrato entre o atleta e a Nike ocorreu após Neymar não colaborar com as investigações do caso, que teria ocorrido em 2016.

Em publicação feira em seu Instagram, Neymar tratou as afirmações da empresa de material esportivo como absurdas e mentirosas e disse também que não teve a oportunidade de se defender e que acredita que o tempo “trará as verdadeiras respostas”.

O jogador do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira contou que sempre foi ensinado a manter sigilo de seus contratos, o que teria sido quebrado após a divulgação da investigação. Mesmo assim, Neymar afirmou que os fatos teriam sido distorcidos “pelos diferentes ângulos” do caso e que não sabia do suposto assédio nem da investigação.

Em 2019 Neymar foi acusado de estupro pela Najila Trindade. Após depoimentos e testemunhas, o caso foi arquivado sem nenhuma prova contra Neymar.

Confira abaixo na íntegra o post do jogador:

Os fatos podem ser distorcidos porque as pessoas os enxergam de ângulos diferentes. Não temos como negar que a vida é assim. Faz parte! Até entendo quando alguém faz uma crítica sobre minhas condutas, minha forma de jogar e de viver a vida. Somos diferentes! Eu realmente não entendo como uma empresa séria pode distorcer uma relação comercial que está apoiada em documentos. As palavras escritas não podem ser modificadas. Elas sim são muito claras. Não deixam dúvidas!

Desde os meus 13 anos, quando assinei meu primeiro contrato, sempre fui alertado: não fale sobre os seus contratos! Contratos são sigilosos! Contrariar essa regra e afirmar que o meu contrato foi encerrado porque não contribuí de boa-fé com uma investigação isso é absurdo, mentiroso. Mais uma vez sou advertido que não posso comentar em público. Indignado vou obedecer!

Mas a matéria do WSL é muito clara. Em 2016 parece que já sabiam desse acontecimento. Eu não sabia! Em 2017 viajei novamente para os EUA para campanha publicitária, com as mesmas pessoas, nada me contaram, nada mudou! Em 2017, 2018, 2019 fizemos viagens, campanhas, inúmeras sessões de gravação. E nada me contaram. Um assunto com tamanha gravidade e nada fizeram. Quem são os verdadeiros responsáveis?

Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido. Até quando?

Ironia do destino continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu. Essa é a vida! Sigo firme e forte acreditando que o tempo, sempre esse cruel tempo, trará as verdadeiras respostas.
Fé em Deus!

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