Hepatite em crianças: Pediatra explica como evitar doença silenciosa

Criança em atendimento médico. Foto: Reprodução de Internet

Os casos de hepatite aguda grave em crianças continuam aumentando no Brasil e no mundo. Por aqui, o Ministério da Saúde informou recentemente que 70 casos seguem em investigação. A OMS investigava 348 casos prováveis de hepatite aguda infantil em mais de 20 países. A doença, que tem sido averiguada em países da Europa e nos Estados Unidos, pode ter relação com o subtipo 41 do adenovírus, mas a causa ainda não foi descoberta.

Os casos relatados até agora testaram negativo para os vírus tradicionais causadores da inflamação: A, B, C, D e E. Por isso, desde que começaram a ser relatados, em abril, especialistas têm buscado explicações para esse mistério.

A partir dos testes laboratoriais, a principal hipótese da agência britânica de saúde é que a causa seja o adenovírus 41F, patógeno identificado em 72% das crianças diagnosticadas com a inflamação no Reino Unido. Porém, eles consideram ainda a possibilidade de o problema ser uma síndrome pós-infecção pela Covid-19, um efeito que seria restrito à variante Ômicron. Segundo pesquisadores, as duas hipóteses podem estar corretas.

De acordo com o pediatra Odilo Queiroz, é possível evitar novos casos da doença adotando medidas como lavagem das mãos e higiene respiratória, como cobrir com o braço tosses e espirros. O pediatra explica que normalmente a contaminação é oral ou fecal, e as crianças podem contrair a doença de alimentos que vieram contaminados.

Atualmente, não há tratamento específico para a hepatite, mas medicamentos como esteróides ajudam, assim como remédios destinados aos sintomas. A orientação é para que mães e pais estejam alertas para o aparecimento dos sinais e, se for o caso, procurem atendimento médico imediatamente.

Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas que não apresentam sinais ao longo dos anos. Geralmente, a doença já está em estágio mais avançado quando os sinais aparecem.

Os sintomas mais comuns são febre, fraqueza, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, olhos e pele amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas.

Como os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, Odilo explica que habitualmente os casos de hepatite podem passar despercebidos, apenas como um caso gripal.

Em outros casos há febre, dor no corpo e mal-estar. Dependendo do grau de defesa do organismo ou da virulência do vírus, pode entrar no caso de insuficiência hepática— necessitando de transplante de fígado nos casos mais graves.

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