Guerra entre Rússia e Ucrânia: O que é corredor humanitário?

Nos últimos dias, um termo tem sido bastante visto no noticiário internacional: corredor humanitário.

A Rússia propôs o estabelecimento de corredores humanitários para permitir que civis deixem cinco cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, nesta terça-feira (8), dependendo da concordância da Ucrânia, informaram agências de notícias russas. Moradores de Symy, Kharkiv, Chernigov e Mariupol, atacadas nos últimos dias, também poderão evacuar as regiões.

As Nações Unidas consideram os corredores humanitários uma das várias formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado. São zonas desmilitarizadas, em uma área específica e por um tempo específico – e todos os lados de um conflito armado concordam com elas.

Eles permitem a fuga da população de áreas de conflito, minimizando o que o jargão militar chama de efeito colateral – ou seja, a morte de civis.

A alternativa para poupar vidas é normalmente negociada por agências internacionais. Desta vez, no entanto, são os próprios representantes dos dois países que estão avaliando quais serão as condições a serem adotadas.

O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, a ONU ou organizações de ajuda como a Cruz Vermelha. Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredor.

Os corredores humanitários são mais um entre os pontos de discórdia entre russos e ucranianos durante as negociações para o fim da guerra.

No último fim de semana, foram duas tentativas de realizar a operação – uma no sábado (5), e outra no domingo (6) – que não deram certo. A falta de êxito se deve às acusações de ambos os lados.

Onde foram usados

Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Por exemplo, durante o chamado “Kindertransport”, de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazista.

Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018.

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