Erika Januza: ‘Rainha tem que ser aquela que se dedica à escola’

Erika Januza. Foto: Reprodução de vídeo/Instagram/Erika Januza

Erika Januza. Foto: Reprodução de vídeo/Instagram/Erika Januza

Um dos grandes nomes da atualidade do Carnaval, Erika Januza, rainha de bateria da Unidos do Viradouro, revelou que, como a maioria das musas de outras escolas de samba, também se sente pressionada a buscar um padrão de beleza e perfeição no samba.

“É muita [pressão] em tudo que você faz, independente da roupa que você usa, independente do corpo que você esteja. Se você acha que está sambando muito, dizem que está sambando pouco, se você só samba, as pessoas falam que você não faz mais nada além de sambar. Então, quem assiste nunca está satisfeito e automaticamente te cobra de alguma forma em um lugar que não é positivo”, desabafou ela em entrevista ao iG Gente.

Januza comentou a onda de críticas em cima das rainhas, madrinhas e musas de bateria. “As pessoas se acham no direito de entrar na internet e julgar aquilo que você preparou, a roupa que você preparou ou o corpo que você tem naquele momento. Nem todo mundo consegue fazer dieta para poder chegar no lugar de corpo ideal e que corpo é esse?”, ponderou ela, que não se deixa abater com os ataques.

“Eu não sou o tipo da pessoa que me ofendo. Se você falar ‘não gostei desse cabelo’ e se eu tiver gostado, eu não vou me preocupar porque, em primeiro lugar, eu tenho que estar feliz. Mas eu demorei para alcançar esse lugar dessa autoestima e autoconhecimento”, explicou.

Dedicação e participação nas atividades da escola

Erika contou, na mesma entrevista, que não vê problema em entrar para uma escola de samba como uma personalidade convidada, ressaltando que o importante é se dedicar ao lugar que ocupa.

“Eu defendo o lugar que eu estou por não ser uma rainha de comunidade. Eu sou mineira, mas eu sou uma pessoa que sou presente, eu me preocupo com um lugar que eu estou. Eu quero saber da escola, eu me esforço para melhorar, então, eu não acho que é justo dizer tem que ser da comunidade. Eu acho que a rainha tem que ser aquela que se dedica à escola, se dedica ao posto de rainha de bateria e não acho válido simplesmente esperar o Carnaval para poder ir ali e fazer acontecer porque você trata de pegar a fantasia e ir embora e desfilar”, ressaltou.

Apaixonada pela Viradouro, ela faz questão de participar do maior número possível de eventos da escola. Mais do que se preocupar com o posto, a entrega precisa ser constante.

“Eu sempre digo que a minha grande preparação é estar com a bateria nos ensaios. Porque, por mais que eu vá à academia, treinar ou correr na rua, eu posso fazer tudo para melhorar o meu preparo e o meu condicionamento, nada se compara a estar ensaiando junto com a escola com a bateria. A gente está sempre treinando ali duas, três horas por dia para que tudo saia da melhor forma. Eu gosto muito de estar presente. Eu sou aquela que só falta se realmente não puder ir”, completou.

Em 2024 a Unidos do Viradouro apresenta o enredo Arroboboi, Dangbé, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon. A escola disputa o Grupo Especial carioca, quando será a 6ª a desfilar na segunda-feira, dia 12 de fevereiro.

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