Câncer de rim: silenciosa, doença é mais frequente em homens

Rins. Foto: Getty Imagens

Nesta quinta-feira (17) é o Dia Mundial do Câncer de Rim, uma doença silenciosa e que, na maioria das vezes, acaba sendo descoberta em estágio mais avançado. Segundo dados do Instituto Oncoguia, no Brasil são registrados cerca de 10 mil casos ao ano. Quanto mais precoce inicia-se o tratamento, maiores são as chances de cura.

O câncer de rim, assim como outras doenças que acometem este órgão, não apresenta sintomas específicos e são facilmente confundidos com outras patologias. Somente 10% dos pacientes se apresentam com os sintomas clássicos da doença como dor no abdômen, sangue na urina e massa palpável no abdômen. Outros sinais menos específicos podem estar presentes como perda de peso, febre, cansaço, suor excessivo a noite e pressão alta.

“Como ele é um órgão que se localiza mais profundamente no abdômen, sintomas mais intensos e possibilidade de palpação do câncer só ocorrem quando a doença está mais avançada. Muitos casos são descobertos já com metástases. O câncer de rim pode manter-se oculto durante um longo período”, explica o urologista da Fundação Pró-Rim, Jean Guterres.

Diagnóstico

A maior parte dos diagnósticos acontece por acaso, quando a pessoa está realizando outros exames, como ultrassom, e acaba descobrindo o nódulo nos rins. Na presença de nódulo ou massa renal, é obrigatória a realização de uma tomografia computadorizada. Essa técnica é bastante confiável para sugerir se o tumor é maligno ou benigno. Além disso, pode-se fazer a ressonância magnética, que verifica as alterações vasculares e cistos renais complexos.

“O tratamento do câncer renal depende do tamanho do tumor e se há metástase ou não. Quando a doença está apenas no rim, o tratamento é feito com a cirurgia de retirada parcial ou total do rim. Entretanto, quando a doença já se apresenta com metástases, o protocolo de tratamento é mais severo”, complementa o urologista Guterres.

É fundamental o tratamento conjunto com especialistas de outras áreas, como oncologista, urologista e nefrologista. Além do acompanhamento de psicólogo e nutricionista.

Prevalência em homens

Pessoas com hipertensão arterial, obesas e fumantes têm maiores chances de ter a doença. Algumas síndromes genéticas raras também aumentam o risco de desenvolver o problema. Além disso, pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento de hemodiálise estão sob um maior risco de ter câncer de rim. É mais frequente em homens, prevalecendo na faixa etária entre 50 e 60 anos.

Hábitos para manter a saúde

A regra para manter a saúde é igual perante a todas as doenças: ter hábitos de vida saudável e manter um acompanhamento regular com seu médico. O urologista reafirma a importância do diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo o paciente realizar o diagnóstico, mais chances de cura”, destaca. Para finalizar, é importante lembrar-se de manter um estilo de vida equilibrado, com bons hábitos, alimentando-se adequadamente e ficar atento aos sinais que seu corpo lhe transmite.

Sobre a Pró-Rim

A Fundação Pró-Rim foi fundada em 1987, em Joinville (SC), pelos médicos nefrologistas Dr. José Aluísio Vieira e Dr. Hercilio Alexandre da Luz Filho com o propósito de oferecer um tratamento mais digno e diferenciado aos pacientes renais. É reconhecida como referência nacional na área de nefrologia. É pioneira em transplantes renais no Estado e sua equipe está entre as que mais realizam transplante no país. Já ultrapassou a marca de 1.800 transplantes renais, é a primeira instituição de nefrologia do mundo a receber a certificação internacional Qmentum. Possui unidades de hemodiálise em Santa Catarina e Tocantins, e atende pacientes renais crônicos de todo o Brasil (www.prorim.org.br).

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