Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou que a agência possa postergar o aval a algumas vacinas, como a Coronavac, por causa de pressões do governo de Jair Bolsonaro, que já declarou várias vezes que não vai adquirir a vacina chinesa e insinuou que a agência não vai aprová-la .
O diretor chegou a mencionar o código penal em entrevista à jornalista Natália Cancian no jornal “Folha de São Paulo”: “Isso está previsto no Código Penal em algum lugar. Se estamos concebendo a possibilidade de alguém daqui de dentro, intencionalmente, procrastinar, postergar ou realizar qualquer impedimento para que um medicamento salve vidas… Eu jamais vou poder cogitar isso. E, se eu tomar conhecimento, tomarei todas as medidas cabíveis.”
Barra diz ainda que a origem da vacina não terá relevância na análise da agência, que ocorre de forma técnica. Ele é próximo de Bolsonaro e evitou contrapor o presidente de forma direta, mas lembrou que a maior parte das vacinas e dos medicamentos tem componentes de diversos países.
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