A operadora de caixa que ficou conhecida do público por participar de uma reportagem feita pelo deputado Celso Russomanno em 2005, durante um quadro para um programa de televisão na Rede Bandeirantes sobre direitos do consumidor, gravou um vídeo em protesto à candidatura dele para a prefeitura de São Paulo.
Na ocasião, o parlamentar foi até uma loja da rede de supermercado “Dia”, na Zona Leste da capital paulista, para reivindicar o direito do consumidor de comprar apenas a quantidade de produtos que atendesse sua necessidade.
Durante a matéria, Russomano abriu pacotes de produtos como papel toalha e caixa de fósforos, que continham mais de uma unidade de cada produto, para poder comprar as unidades separadamente, fazendo ameaças de prender a funcionária da loja e chamar a polícia.
“Ele me humilhou, a mim e a subgerente. Por causa deste episódio, fui rebaixada de salário e transferida para uma unidade bem mais distante da minha casa”, disse Cleide, relembrando que levou duas advertências e uma suspensão de três dias, depois foi transferida da loja onde trabalhava, na Vila Formosa (região sudoeste da cidade), para Ferraz de Vasconcellos (cidade da Grande São Paulo, ao leste do município). Alguns meses depois, ela perdeu o emprego.
Na época, Russomano declarou: “O caso foi solucionado e beneficiou milhares de consumidores de baixa renda que muitas vezes precisam comprar produtos avulsos e mais baratos.”
Na gravação de protesto que foi compartilhada nas redes sociais, Cleide Cruz recita um poema que escreveu em repúdio ao deputado: “Gostaria de expressar a minha indignação em relação a essa candidatura dele à Prefeitura. Não votem nele, cidadãos paulistanos, ele não merece a Prefeitura. Ele não é uma pessoa democrática, não é um homem do povo, ele é só um oportunista, infelizmente”.
Em seguida, ela diz que escreveu um poema, chamado “Aqui não”, como forma de expressar a sua indignação em relação à candidatura de Russomanno em São Paulo. “Eu espero ter ajudado nessa luta pela democracia”, afirma.
“Aqui não. Pro trabalhador, paga de machão. Pro consumidor, paga de bonzão. Do pastor, lambe a mão. De lorota em lorota, ele ganha eleição. Para deputado, sempre passa. Prefeito, não. Fala e fala de democracia, mas é da bancada do boi, da bala e da Bíblia. Faz parte da vergonha que se tornou Brasília”, diz o poema.
“Humilha operadora de caixa, olha o mais pobre como casta mais baixa. Gosta de dar carteirada. Para deputada sempre passa, para prefeito não. Não só sou consumidor, sou cidadão. Não só sou eleitor, sou humano, sou paulistano. Aqui não, Celso Russomanno”, completou a trabalhadora.
https://twitter.com/mbpguedes/status/1319396244066865153?ref_src=twsrc%5Etfw
Celso Russomanno publicou uma nota na Imprensa afirmando que jamais ofendeu Cleide ou nenhum outro funcionário. Ele afirma que o vídeo que está circulando é uma edição maldosa para fazer parecer que ele ofendera os funcionários.
“Não ofendi nem insultei a atendente. Apenas defendi o direito do consumidor de adquirir os produtos na quantidade adequada às necessidades da consumidora. Como o vídeo em questão é uma montagem, não mostra que no final as funcionárias me agradecem e defendem a ação”, escreveu o político.
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