Negacionismo contagioso? Juíza derrota Chico duvidando da autoria de clássico

Roda Viva. Reprodução

Roda Viva. Reprodução

Será que o negacionismo pega? O termo ganhou valor superlativo durante os últimos anos com a difundida descrença na ciência, sobretudo no combate ao novo coronavírus, nas artes, na tecnologia, nas urnas e na própria realidade.

Nas últimas horas, um dos artistas mais respeitados, não só do Brasil, mas do mundo, o cantor, compositor e escritor Chico Buarque, esteve entre os assuntos mais comentados do país.

O artista processou o deputado Federal Eduardo Bolsonaro, filho do atual presidente da República, por usar o clássico Roda Viva como trilha sonora de uma postagem numa rede social. A publicação exibia a imagem de bolsonaristas processados por atentarem contra a democracia e concluía que “o Brasil está sob censura”.

A música se tornou um hino durante a Ditadura Militar (1964 – 1985) e ganhou projeção nacional durante uma edição do histórico Festival da Música Popular Brasileira, que tantos talentos revelou e servia como um termômetro da relação entre os artistas e a sociedade naquele período, principalmente na década de 60.

Porém, a juíza substituta do 6º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital Lagoa, Monica Ribeiro Teixeira, indeferiu o pedido do compositor argumentando “faltar comprovação de que Roda Viva é mesmo de Chico Buarque”. O advogado do músico, João Tancredo, recorreu da decisão.


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