Luto na música brasileira. O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22), após ser internado às pressas no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
No início deste mês, o artista passou 16 dias no mesmo hospital para realizar exames e tratar uma síndrome edemigênica, doença que ocorre quando há um desequilíbrio das forças bioquímicas que mantêm os líquidos dentro dos vasos sanguíneos. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada.
Durante a primeira internação, Erasmo foi submetido a uma série de exames e ajustes terapêuticos. Alvo de boatos sobre sua morte, o cantor reagiu com bom humor ao celebrar a alta em postagem nas redes sociais.
“Ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e se torceram pela minha recuperação… Essa foto com a Fernanda traduz como estamos felizes”, publicou o cantor na ocasião.
Em dezembro de 2021, Erasmo passou mais de uma semana internado no mesmo hospital após ser diagnosticado com Covid-19. “Gente, eu venci a Covid! Não foi mole, não, foi difícil”, afirmou o cantor após ter alta.
Nascido e criado na Tijuca, na Zona Norte do Rio, Erasmo Carlos, que completou 81 anos no dia 5 de junho, sempre foi apaixonado pela música. Junto com Wanderléa e Roberto Carlos, se tornou um dos principais representantes da Jovem Guarda, movimento musical e cultural dos anos 60 e 70.
Pioneiro do rock brasileiro e dono de um estilo único, Erasmo deixa um grande legado para a música no Brasil. Foram 50 anos de estrada, mas de 500 canções e sucessos diversos como “Além do Horizonte”, “É Preciso Saber Viver”, e “O Bom”, entre tantos que ultrapassaram gerações. Carioca, ele deixa dois filhos, Gil Eduardo e Léo Esteves, além de netos. Ainda não há detalhes sobre velório e sepultamento.
Erasmo foi premiado, na última quinta-feira (17), com um Grammy Latino na categoria de Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa, pelo álbum O Futuro Pertence À… Jovem Guarda (2022) — último disco que ele lançou.
O álbum traz oito releituras de sucessos da época da Jovem Guarda que ficaram marcados na voz de outros cantores. São elas: Nasci Pra Chorar, O Ritmo da Chuva, Alguém na Multidão, O Tijolinho, Esqueça, A Volta, Devolva-Me e O Bom.
Em sua última publicação no Instagram, no dia 18 de novembro, ele agradeceu o prêmio. “É tão importante entender o conceito, quanto ouvir a música… Existem várias formas de amor, e eu preciso de todas. Obrigado a todos que contribuíram para mais essa vitória, esse Grammy é o reconhecimento do nosso trabalho. O Futuro Pertence à Jovem Guarda!”.
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