Marco Nanini fala sobre sua homossexualidade e revela depressão profunda

Marco Nanini. Foto: Divulgação

Um dos mais respeitados atores do país, Marco Nanini, de 72 anos, completou cinquenta e seis só de carreira e disse estar contando os dias para voltar aos palcos.

Nanini vai estrear a montagem do clássico “As cadeiras”, de Eugène Ionesco. O artista, como milhares de brasileiros, também enfrentou a Covid-19, logo no início do isolamento social e teve apenas sintomas leves. Mas se o corpo não foi atingido, a mente sim:

“Tenho uma depressão que vai e volta, e desta vez foi profunda. Via TV e ficava arrasado, as pessoas morrendo, as imagens dos lugares que eu frequentava, os restaurantes, os teatros, tudo fechado. Também a falta de convívio com o povo da cultura foi um baque. Sem conviver, a gente não se ouve, não se conecta. Do ponto de vista individual é triste e para a cultura, um problema. Aliás, ela nunca foi tão maltratada como agora. Me espanta que, no meio disso tudo, com a pandemia ainda nos assombrando, as pessoas consigam ir para a rua dançar e fazer festa”, desabafou em entrevista para a revista Veja Rio.

Famoso por papéis históricos no teatro, televisão e cinema, também diz concordar que os artistas têm de se posicionar e levantar determinadas bandeiras para dar voz aos que não tem:

“Sou homossexual e me sinto absolutamente seguro e maduro para declarar isso. Não quero fazer disso um drama nem discutir por que sim ou por que não. São muitos os casos de violência física contra os gays. Quanto mais eu assumir a minha parte nesse assunto, melhor, mas sem aquele chantili que costuma cobrir as fofocas. Isso é um assunto sério”, defendeu.

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