Enchendo Linguiça erra no formato e compromete petisco no Comida Di Buteco

Tinha tudo para ser um ótimo petisco. A lista de ingredientes é imensa: tábua de linguiça artesanais suína (com queijo coalho) e de costela bovina; purê de mandioca, picles de cebola roxa e chips de banana da terra. Tudo isso acompanhado de geleia de pimenta e manteiga de garrafa com ervas. Finalizando, o prato vem no formato do mapa do Brasil. Acontece que, pasmem, o belisquete não consegue agradar e nos dá a sensação de um grande equívoco de um bar, no caso o Enchendo Linguiça, no Grajaú, tem condições de fazer algo bem melhor que isso.

As linguiças vem com ranço de terem sido preparadas horas antes dos pedidos e ficam concentradas na altura do Centro Oeste e Sudeste brasileiros. O purê, que não parece ser realmente de mandioca, ocupa todo o restante, encimado pelos chips de banana da terra. Ao Sul, os uma pequeníssima porção do picles de cebola roxa. Talvez a grande dificuldade seja exatamente no formato escolhido para o petisco: ao optar pelo do mapa do brasil, o Enchendo a Linguiça criou um problema para servir o belisquete, ainda mais com a demanda que o Comida Di Buteco impõe. Como servir algo tão complexo diante de pedidos infindáveis?

Na noite em que fui ao bar, havia, como sempre, uma fila para os desejosos por uma mesa. Os funcionários se esforçam muito para organizar a distribuição dos lugares e conseguem resolver, até com certa rapidez, esta questão. O serviço, no entanto, sofre com o excesso de clientes e a falta de um numero maior de garçons. O que se vê, com isso, são mesas e mais mesas carentes de atendimento, sempre lento e demorado. Muitos botequins investem na contratação de mais funcionários para enfrentar a maratona do festival, algo que o Enchendo deveria se preocupar um pouco mais.

No quesito limpeza, o bar vai bem, e a cerveja vem em temperatura aquém do ideal.