Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Tom Hanks completa 65 anos

Tom Hanks durante o Governors Awards 2018 (Foto: Divulgação – Crédito: Michael Yada / ©A.M.P.A.S.).

Completando 65 anos de idade nesta sexta-feira, dia 09, Tom Hanks é considerado um exemplo a ser seguido por muitos que almejam realizar o sonho hollywoodiano, pois alcançou todos os objetivos de quem tenta a sorte numa carreira tão competitiva: respeito e reconhecimento por parte do público, da crítica e da indústria por meio de trabalhos aclamados que lhe renderam, até o momento, 89 prêmios, sendo duas estatuetas do Oscar de melhor ator por “Filadélfia” (Philadelphia – 1993) e “Forrest Gump – O Contador de Histórias” (Forrest Gump – 1994). Tal conquista colocou Hanks no livro de História da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) como o segundo ator a vencer o Golden Boy por dois anos consecutivos – o primeiro foi Spencer Tracy por “Marujo Intrépido” (Captains Courageous – 1937) e “Com os Braços Abertos” (Boys Town – 1938).

 

Robert Loggia e Tom Hanks na cena clássica de “Quero Ser Grande” (Foto: Divulgação).

 

Mas houve um tempo em que Tom Hanks era apenas uma figura carismática em produções que conquistaram a simpatia do público, permitindo que ele pavimentasse seu caminho rumo ao panteão hollywoodiano, chamando a atenção com os sucessos “Splash – Uma Sereia em Minha Vida” (Splash – 1984) e “Quero Ser Grande” (Big – 1988), que abriu de vez as portas da indústria e lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Naquela época, Hanks era praticamente o rei da “Sessão da Tarde”, disputando espaço na grade global com Brooke Shields e seu “A Lagoa Azul” (The Blue Lagoon – 1980).

 

Para quem cresceu nos anos 1980, Tom Hanks não era apenas o homem que se apaixonava por uma sereia nem a criança em corpo de adulto, mas o desesperado com a casa em obras, o vizinho vigilante e o policial cujo parceiro improvável era um Dogue de Bordeaux de baba espessa e gosmenta em “Um Dia a Casa Cai” (The Money Pit – 1986), “Meus Vizinhos são um Terror” (The ‘Burbs – 1989) e “Uma Dupla Quase Perfeita” (Turner & Hooch – 1989), respectivamente. Estes filmes têm em comum a exploração perfeita da veia cômica do agora astro de Hollywood e membro da AMPAS, que se acostumou a ser escalado para dramas ambiciosos no que tange à bilheteria e à temporada de prêmios norte-americana.

 

Tom Hanks em cena de “Uma Dupla Quase Perfeita” (Foto: Divulgação).

 

Produzidas à época em que Steve Guttenberg era um dos nomes mais requisitados da comédia, estrelando, inclusive, o sucesso “Três Solteirões e um Bebê” (3 Men and a Baby – 1987), tais produções funcionam ainda hoje pela leveza com a qual foram conduzidas por seus realizadores. E apesar de não serem populares entre a fatia mais jovem do público, seguem com força para renderem novos frutos. É o caso de “Uma Dupla Quase Perfeita”, que está ganhando uma série, “Turner & Hooch” (Turner & Hooch – 2021), que estreia no próximo dia 21 na Disney+, que também disponibiliza o longa-metragem original em seu catálogo – o longa-metragem original está disponível na plataforma de streaming do Mickey.

 

Assistir aos primeiros sucessos de Tom Hanks depois de tanto tempo é uma experiência interessante por mostrar sua evolução profissional, destacando sua versatilidade e talento inquestionáveis, pois é um dos poucos atores a transitar por gêneros cinematográficos distintos com a mesma naturalidade e intensidade.

 

O aniversário é de Tom Hanks, mas o presente é do público, que pode revisitar tais títulos num momento em que o entretenimento leve e descompromissado se faz necessário para amenizar a realidade do cenário pandêmico.

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