Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Mulher-Maravilha’: a DC acertou dessa vez

Protagonizado por Gal Gadot, “Mulher-Maravilha” concorreu ao PGA Awards 2018 (Foto: Divulgação).

Bastante criticada após os resultados de “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” (Batman v Superman: Dawn Of Justice – 2016) e “Esquadrão Suicida” (Suicide Squad – 2016), a DC precisava entregar um filme à altura dos produzidos por sua principal concorrente, a Marvel. Com isso, a pressão sobre “Mulher-Maravilha” (Wonder Woman – 2017) é enorme. Dirigido por Patty Jenkins, o longa chega aos cinemas nesta quinta-feira, dia 1o.

 

Apresentada ao público em “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça”, a personagem ainda tem a responsabilidade, que lhe foi imposta pela mídia e pelo público, de se tornar exemplo de representatividade feminina na tela grande. De fato, ela é. Contudo, sem deixar o personagem masculino de lado, pois feminismo é a luta pela igualdade entre homens e mulheres. E, aqui, há igualdade entre Diana Prince (Gal Gadot) e Steve Trevor (Chris Pine), mostrando a importância de ambos para a trama e, sobretudo, como completam um ao outro tanto no campo afetivo quanto no de batalha. E este é o grande mérito deste longa, transmitir a mensagem de igualdade, jamais de superioridade de quem quer que seja.

 

Saïd Taghmaoui, Chris Pine, Gal Gadot, Eugene Brave Rock e Ewen Bremner em cena (Foto: Divulgação).

 

A trama começa com Diana nos dias atuais, recebendo uma foto tirada no período da Primeira Guerra Mundial. A partir daí, o público é apresentado à história pregressa da protagonista através de um longo flashback, que vai desde a sua infância até a guerra, mostrando como ela conheceu o piloto Steve Trevor, a quem resgatou após a queda de um avião. Juntos, precisam lutar pelo fim do conflito, ao mesmo tempo em que Diana descobre sua verdadeira origem.

 

Com um roteiro coeso e bem estruturado que apresenta a personagem com muita eficiência, principalmente para a fatia do público que não está familiarizada com o universo dos quadrinhos, “Mulher-Maravilha” conta com um elenco integrado entre si e bastante à vontade com seus respectivos personagens, destoando apenas na construção do vilão, que deixa a desejar – não é válido citar o nome do ator por causa de spoilers. Obviamente, dentre os atores, os destaques são Gal Gadot e Chris Pine. Respeitando o espaço um do outros, os atores esbanjam química de sobra e defendem seus personagens com muita garra, o que agrega ainda mais valor a este longa.

 

Gal Gadot e Chris Pine: dupla mostra a importância da caminhada lado a lado (Foto: Divulgação).

 

Mesmo cometendo alguns deslizes técnicos, sobretudo no que tange à utilização da tecnologia 3D e aos efeitos visuais de algumas sequências, esta produção orçada em cerca de US$ 120 milhões faz uma aposta certeira em cenas de ação coreografadas com esmero, bem como na recriação da década de 1910, tanto em cenários quanto em caracterização.

 

Mostrando a perda da inocência de sua protagonista, sob todos os aspectos, “Mulher-Maravilha” equilibra com muita competência ação, aventura e fantasia, tornando-se um interessante filme de origem desta que é uma das personagens mais famosas dos quadrinhos da DC Comics. Mais do que isso, é uma produção que fala sobre o amor, não apenas no que diz respeito à importância da caminhada lado a lado, mas também da força descomunal que nasce da dor causada por um sacrifício extremo.

 

Assista ao trailer oficial:

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