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O sonho sul-americano do Fluminense

Sala de Troféus do Fluminense. Foto: Reprodução

Ainda falta uma taça na moderna e lotada Sala de Troféus do Fluminense, em Laranjeiras. De coração guerreiro e tantas vezes campeão, como canta o hino, o tricolor está na luta para acrescentar à coleção de conquistas um troféu de nível continental, como pode ser a Copa Sul-Americana. No momento, o clube carioca está duelando com o Atlético Paranaense, na semifinal da Sul-Americana, para obter a chance de finalmente levar para sua sede um torneio com tal abrangência. Na quarta-feira, dia 7 de novembro, em Curitiba, no jogo de ida da semifinal, o tricolor perdeu por 2 a 0. A partida de volta será na próxima quarta, dia 28, no Maracanã, no Rio, onde o time das Laranjeiras precisará vencer por 2 a 0 para forçar a decisão por pênaltis, ou por 3 a 0 ou 4 a 1, por exemplo, para se classificar diretamente.

E pensar que o Fluminense pode se orgulhar da Copa Rio de 1952, no Maracanã, um torneio que reuniu times sul-americanos e europeus e que é considerado um Pré-Mundial. E, além disso, tem quatro troféus nacionais, sendo um deles a Taça de Prata de 1970, e uma Copa do Brasil (quadro abaixo). Mas troféus de sul-americano, nada ainda. Na realidade, o Fluminense já chegou muito perto,. Mas ainda não conseguiu erguer a Libertadores da América nem a Copa Sul-Americana, por exemplo. E a maior “culpada” por essa lacuna estará de novo frente a frente com o time das Laranjeiras: a Liga Desportiva Universitária (LDU), do Equador.

A equipe equatoriana causou ao Fluminense e à sua torcida suas maiores frustrações, e ambas no Maracanã. A primeira delas se deu em 2008, na final da Libertadores da América. Nas semifinais, a equipe do técnico Renato Gaúcho (hoje no Grêmio) superou o Boca Juniors e avançou à final, em que iria pegar a LDU. O time de Quito havia eliminado o América do México. Parecia que o Fluminense, por ter eliminado um rival de maior tradição, levaria o melhor. Mas no primeiro jogo da decisão, em Quito, a 25 de junho, os albos, como são conhecidos os atletas do time equatoriano, ganharam por 4 a 2. Entretanto, na partida de volta, no Maracanã, a 2 de julho, perante mais de 78 mil pagantes, deu Fluminense, por 3 a 1. Com uma vitória para cada e 5 a 5 no somatório de gols, a disputa foi para os pênaltis. O tricolor foi muito mal, e a LDU assegurou a conquista por 3 a 1 nas penalidade. O herói foi Ceballos, goleiro da equipe visitante, que defendeu cobranças de Conca, Thiago Neves e Washington.

No ano seguinte, a LDU tornou a atravessar o caminho tricolor. E novamente numa decisão em jogos de ida e volta. No primeiro, na altitude de Quito, a LDU foi arrasadora: f 5 a 1, em casa, a 25 de novembro. No segundo duelo, a 2 de dezembro, mais de 65 mil tricolores foram ao Maracanã na esperqança de uma diferença de 5 gols que lhes desse o troféu. A equipe carioca fez “apenas” 3 a 0 (Diguinho, Fred e Gum), e apesar da aclamação da torcida, que gritava “time de guerreiros”, a festa foi novamente da LDU. O sonho tricolor ficou novamente no “quase”.

Mesmo sem um troféu sul-americano, não faltam taças importantes ao Fluminense, como as dos, em 1970, 1984, 2010 e 2012; Copa do Brasil de 2007; dois Rio-São Paulo e 31 estaduais, entre outras. O que fica bem claro no quadro abaixo:

4 Campeonatos Brasileiros: 1970 (Taça de Prata), 1984, 2010 e 2012

Copa do Brasil: 2007

Série C do Brasileiro: 1999

2 Torneios Rio-São Paulo: 1957 e 1960

Estaduais: 1906, 1907, 1908, 19 09, 1911, 1917, 1918, 1919, 1924, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1946, 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002, 2005 e 2012

Sala de Troféus do Fluminense. Foto: Reprodução

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