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Não leve o ensaio técnico tão a sério assim; veja o resumo do primeiro final de semana

No último final de semana começou a temporada de ensaios técnicos gerais no sambódromo do Anhembi, Zona Norte de São Paulo.

+ veja a programação completa de ensaios gerais em 2019

Cinco escolas de samba passaram pela Avenida simulando os desfiles que acontecem em março deste ano.

Na sexta-feira (11), a Mocidade Camisa Verde e Branco, nove vezes campeã do Grupo Especial e uma das mais tradicionais do País, abriu a maratona de treinos que se estende pelos meses de janeiro e fevereiro.

Outras três agremiações, do Acesso 1; Leandro de Itaquera, Independente Tricolor e Nenê de Vila Matilde, entraram na pista no sábado, enquanto a Império de Casa Verde, da divisão de elite, fechou as apresentações passando no domingo.

Mesmo com entrada gratuita, o público chegou timidamente, mas assim como em anos anteriores, deve aumentar nas próximas semanas.

Apesar da crescente importância dada aos ensaios técnicos, muito do que é preparado pelas escolas, em termos de coreografia oficial, como por exemplo nos casos dos casais de mestre-sala e porta-bandeira e comissões de frente, só é mostrado mesmo no desfile oficial.

Também tem sido comum agremiações que têm um bom desempenho nos técnicos, não repetirem a mesma performance no momento da disputa. E o contrário também é notado.

São inúmeros fatores que impõem realidades muito diferentes do que acontece no ensaio em comparação com o desfile. A evolução é um caso emblemático para explicar essa diversidade; são situações opostas atravessar a Avenida com e sem fantasia.

Carros alegóricos não andam com a mesma velocidade que as faixas que demarcam seus espaços nessas simulações, sem falar, dos sempre atrevidos imprevistos!

O que vale efetivamente, está guardado para o mês de março, quando entra outro fator que não aparece nos treinos gerais; a emoção e a adrenalina de mostrar tudo o que foi preparado durante o ano inteiro em apenas alguns minutos.

Quantas vezes se viu uma entidade chegar desacreditada na Avenida, até mesmo pouco antes do desfile, e na hora que a sirene toca, uma energia diferente toma conta daquele pavilhão, e tudo acontece.

Um oásis para “especialistas”, inclusive muitos de última hora

Virou um oásis para “especialistas”, inclusive muitos de última hora, que aparecem de todos os cantos apenas nessa época do ano para “julgar” as agremiações, sem conhecer sequer o regulamento, que nem público ainda está. E os sambistas mais competitivos, acabam, como se diz na gíria, “pegando essa pilha”.

Vale sim, como treino, evidente. Mas a preparação do conjunto de um desfile passa por dezenas de outros momentos, muito além do ensaio técnico. Vale muito mais pelo contato do povo, das comunidades, com as escolas de samba. Vale como valorização desse momento que antecede a festa. Vale para o apaixonado a oportunidade de socializar e fazer parte de algo com o qual se identifica. Vale para aquele que não tem condições de pagar o ingresso. Então, não levemos o ensaio técnico tão a sério assim! Relembre a cobertura do SRzd, feita com carinho desde 2011, clicando nos links abaixo:

+ veja a largada do primeiro ensaio geral da Camisa Verde

+ galeria de fotos do ensaio da Camisa Verde

+ de olho no quesito: confira o desempenho dos segmentos no ensaio geral da Camisa Verde

+ veja a largada do primeiro ensaio geral da Leandro

+ veja a largada do primeiro ensaio geral da Independente

+ veja a largada do primeiro ensaio geral da Nenê

+ galeria de fotos do ensaio da Leandro

+ galeria de fotos do ensaio da Independente

+ galeria de fotos do ensaio da Nenê

+ de olho no quesito: confira o desempenho dos segmentos no ensaio geral da Leandro

+ de olho no quesito: confira o desempenho dos segmentos no ensaio geral da Independente

+ de olho no quesito: confira o desempenho dos segmentos no ensaio geral da Nenê