Vaguinho não é mais intérprete oficial da Estrela do Terceiro Milênio

Vaguinho. Foto: Igor Cantanhede

Vagner Mariano dos Santos, mais conhecido como Vaguinho não é mais intérprete oficial da Estrela do Terceiro Milênio. A informação foi divulgada pela escola através de suas redes sociais na tarde desta sexta-feira (6).

No texto, a agremiação que vai abrir os desfiles do Grupo de Acesso 1 no Carnaval de 2020 fez menção honrosa ao cantor pela atuação em quase quatro anos com seu microfone principal e desejou sucesso ao profissional. Não houve explicação sobre os motivos do desligamento.

“A Estrela do 3° Milênio agradece imensamente ao cantor Vagner Mariano, nosso querido Vaguinho, pelos quase quatro anos a frente do carro de som da nossa escola. Desejamos sucesso em sua trajetória e na sua brilhante carreira de 35 anos de Avenida. Muito obrigado!”.

Val destacar que no mês de maio, a agremiação do Grajaú havia anunciado o nome de Clovis Pê como reforço para o seu time de canto. Até a publicação desta nota, a direção da escola não respondeu se Clovis será o único condutor do microfone principal no desfile do próximo ano.

Vaguinho, uma das vozes mais experientes do Carnaval

Em seu currículo, Vaguinho traz a experiência de grandes Carnavais e momentos marcantes no samba. Iniciou sua carreira como compositor mas já atuou como ritmista, diretor de bateria, passista e mestre-sala. Em 1986, passou a ser apoio no carro de som da Unidos da Tijuca (de 1986 até 1992), sendo intérprete oficial no ano seguinte. Em 94 e 95, foi a voz principal da São Clemente. A partir daí, trocou a Sapucaí pelo Anhembi.

Iniciou sua jornada em São Paulo no ano de 1995, quando defendeu a Unidos do Peruche. Nos anos seguintes, cantou na Mocidade Alegre. Em 1998 e 1999, teve sua primeira passagem pela Acadêmicos do Tucuruvi como intérprete.

A partir de 2002, atuou na Leandro de Itaquera e Mancha Verde, permanecendo em ambas até 2004. Em 2005 e 2006, cantou apenas na Mancha Verde. No Carnaval de 2007, trocou o verde pelo preto e branco da tradicional Vai-Vai e no ano seguinte, voltou a defender a Mancha Verde, pelo qual esteve até 2011.

Contabiliza uma segunda passagem, que durou apenas dois meses na Acadêmicos do Tucuruvi e três temporadas consecutivas na Acadêmicos do Tatuapé. Durante sua trajetória em São Paulo, defendeu inúmeros sambas em disputas de samba-enredo e assinou várias melodias que embalaram os sambistas no Anhembi.

Fora dos desfiles, Vaguinho faz parte do grupo Quesito Melodia, onde canta atualmente com seus intérpretes parceiros, Daniel Collete, Afonsinho e Jorginho Soares.

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Às 21h05 desta sexta-feira (7), a assessoria de imprensa da escola enviou ao SRzd a seguinte nota:

“Na tarde de hoje, a diretoria da Estrela do 3°Milênio, anunciou a saída do cantor e compositor Vagner Mariano, mais conhecido como Vaguinho, da ala musical da escola. Há três carnavais, Vaguinho era a voz oficial e chegou a dividir o microfone nos dois últimos desfiles com Darlan Alves em 2018, “Na força da coruja, deixe a lenda te guiar”, e Serginho do Porto em 2019, “Coragem! Somos Nós que fazemos a vida”.

Em comum acordo com a diretoria da escola, o cantor e compositor carioca Vagner Mariano, mais conhecido como Vaguinho, não estará mais a frente do carro de som como voz oficial da Estrela do 3°Milênio. Desde o início deste ano, Vaguinho dividia a posição oficial com o intérprete, também carioca, Clóvis Pê. A direção musical é de Rodrigo Schumaker. “Encerramos um ciclo com o cantor Vaguinho e desejamos muito sucesso em sua trajetória. Vaguinho é uma personalidade do nosos carnaval com passagens em grandes agremiações e construiu uma carreira de 35 anos de sucesso”, declara o presidente Gilberto Rodrigues.

Vaguinho iniciou na Milênio em 2016 para estrear no carnaval do ano seguinte “Para bom entendedor um pingo é letra e o símbolo uma palavra”, após a morte do intérprete André Pantera, e permaneceu embalando os desfiles e ensaios de quadra por três anos com seu emblemático grito de guerra “O couro vai comer! O bicho vai pegar!”. Em 2020, Vaguinho completará 35 anos cantando passarela do samba e é autor de mais de 80 composições de samba-enredo no eixo RJ-SP.”