Sobre ser rainha, Valeska Reis exalta negritude e diz: ‘não é só o corpo, é muito mais que isso’

Valeska Reis no desfile 2020 da Império de Casa Verde. Foto: SRzd – Bruno Giannelli

Quem vê Valeska Reis à frente da bateria da Império de Casa Verde nem imagina que a beldade, anos atrás, morria de vergonha de dançar. Assistente de palco do programa apresentado por Rodrigo Faro na RecordTV, Valeska confessou que decidiu tentar ocupar o posto para deixar de ser tímida.

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“Eu me tornei rainha porque tinha muita timidez. Usei um concurso de corte de bateria para tirar esse problema de mim, de ter vergonha de dançar. Isso serve de conselho para várias meninas”, contou a rainha, que hoje brilha no Anhembi: “Ousadia é o meu maior lema no Carnaval, sempre procuro fazer algo de diferente, conhecer os meus limites”.

Valeska, que já foi Rainha do Carnaval de São Paulo em 2008, completa uma década à frente da Barcelona do Samba no próximo Carnaval. Atualmente como uma das referências em samba no pé, ela revelou quem foi sua inspiração quando começou a dar os primeiros passos na carreira.

“Uma pessoa que gera uma representatividade muito grande para as meninas mais novas é a Nani Moreira, que reinou por muitos anos na Mocidade Alegre e acabou abrindo portas para outras pessoas que gostariam de ter essa oportunidade. Ela conseguiu fazer uma revolução no Carnaval de São Paulo”, afirmou.

“Eu levanto muito a bandeira da mulher negra, porque as escolas têm que valorizar quem é da comunidade, mas uma coisa que a gente não pode deixar de destacar sempre é o estudo. Hoje, a gente ocupa uma posição que não é só o corpo, é muito mais que isso, a gente precisa estar preparada. Sem estudo a gente não chega a lugar algum”, concluiu.

No Carnaval 2020, a Império de Casa homenageou a comunidade libanesa com o enredo “Marhaba Lubnãn”. O desfile rendeu a nona colocação do Grupo Especial.

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