Os blocos que desejarem participar do Carnaval de rua de 2022 na cidade de São Paulo podem fazer suas inscrições na prefeitura, pela internet, entre os dias 15 de outubro e 5 de novembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (5).
Segundo a administração municipal, a prioridade será dada aos blocos tradicionais de rua da cidade. O edital para os patrocinadores será divulgado no dia 18 de outubro.
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Em entrevista coletiva, a prefeitura divulgou informações sobre como deve ocorrer o Carnaval de Rua na capital paulista em 2022. A gestão municipal tem trabalhado para que o evento aconteça e seja o maior de toda a história, atraindo mais de 15 milhões de foliões para as ruas da cidade. No entanto, a realização da folia vai depender do cenário da pandemia de Covid-19, podendo até ser cancelado caso uma nova variante surja e a situação epidemiológica piore.
“Esse cenário [epidemiológico] nós vamos ter que acompanhar para, no momento adequado, dar a autorização sanitária para que esse evento, com mais de 15 milhões de pessoas, aconteça. Mas a prefeitura não poderia se furtar a iniciar o planejamento. O evento adverso [que prejudicaria a realização do Carnaval] seria o surgimento de uma nova variante, o que hoje nós não temos”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. “Um conjunto de fatores será analisado. Se eles não forem favoráveis, não daremos autorização para a realização do evento”, disse.
Segundo ele, por ser um evento muito grande, não haverá como cobrar dos foliões um comprovante de vacinação. Mas a prefeitura espera que mais de 90% de sua população esteja completamente vacinada até outubro.
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Durante a entrevista, a prefeitura apresentou um estudo que demonstrou o grande crescimento do Carnaval de Rua na cidade, especialmente após o ano de 2017. Em 2014, por exemplo, havia 200 blocos desfilando nas ruas da capital. Em 2017, esse número saltou para 400. Já no ano passado havia 644 blocos. A quantidade de público também acompanhou esse aumento e saltou de 200 mil pessoas em 2014 para 3,5 milhões em 2017 e 15 milhões em 2020. Neste ano de 2021, o Carnaval foi cancelado na cidade de São Paulo por causa da pandemia.
Com a divulgação desse estudo, a prefeitura espera fazer uma melhor preparação para o Carnaval de Rua, evitando a concentração de pessoas em um só espaço. Por isso, tem calculado a área do desfile e realizado uma estimativa de densidade do público.
“A comissão se dedicou a fazer um levantamento e uma estimativa de densidade de público para cada trajeto e com isso conseguir fazer planejamento mais adequado da infraestrutura necessária”, disse o secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi.
Nesta segunda-feira (4), o prefeito Ricardo Nunes (MDB), disse que há uma grande possibilidade de a cidade de São Paulo ter Carnaval no próximo ano. Isto, no entanto, alertou o prefeito, vai depender dos indicadores relacionados à Covid-19 que deverão estar em queda.
“A tendência hoje é que tenha o Carnaval. Muito provavelmente, teremos Carnaval. Isso se continuar com os dados de hoje [da pandemia], com aumento da vacinação e queda do número de óbitos. Se continuar assim, vamos ter Carnaval”, disse ele.
Em setembro, o prefeito já havia autorizado que os preparativos para a realização da festa fossem iniciados. No entanto, na ocasião, a prefeitura informou que a execução do Carnaval só seria permitida se pelo menos 70% da população paulistana estivesse vacinada contra a Covid-19 e se houvesse autorização dos órgãos municipais, tal como a Secretaria Municipal da Saúde.
O Carnaval de Rua de São Paulo em 2022 pretende combater a violência contra a mulher, o racismo e a LGBTfobia. Para isso, deve distribuir adesivos e construir tendas, com equipes multidisciplinares, para atender os foliões. A prefeitura também vai distribuir pulseiras de localização para as crianças.
“Dentro das tendas haverá uma área de localização para as crianças que se perderam durante a folia. Os pais, quando levarem as crianças, já coloquem as pulseiras antes para poder facilitar a localização durante o Carnaval”, disse a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carlleto.
* Com informações da Agência Brasil
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