Sexta colocada no Grupo de Acesso de Bairros 2, da Uesp, no Carnaval de 2023 em São Paulo, a escola de samba Flor de Liz levará para Avenida no próximo ano uma homenagem à Clara Nunes.
O desfile, que será o sétimo do sábado, dia 10 de fevereiro, na Vila Esperança, terá como título “Encantos de Clara Nunes – Músicas que tocam o coração”.
Não houve concurso de samba-enredo. A diretoria da azul e branca recebeu a inscrição de cinco composições. Após as primeiras audições internas, duas obras foram eliminadas.
As duas selecionadas foram analisadas por diretores, harmonias, diretores de bateria e ala musical que escolheram como hino oficial a letra de autoria dos compositores Plínio do Cavaco, Alemão de Jesus, Rodrigo Pastilha, André Trindade, Marcus Marmello, Fernando Almeida, Marcinho H 13, Tico do Cavaco e Enzo Bertolini.
Vai brilhar ! A “Flor de Liz”
Acende a Luz do candeeiro
Vai ecoar ! Da Sabiá
Um canto forte no terreiro
De Angola, Keto e Nagô,
É a tal Mineira
Filha de Ogum e Iansã,
Clareia ! Clara Guerreira !
Fez da vida um eterno cantar
Veio ao Rio de Janeiro
Se encantou com as ondas do mar
A “Iemanjá” dedicou seu amor ..
Na “Portela” , “Majestade do Samba”,
Por “Madureira” se apaixonou
Sorriso largo, pé descalço,
Brilho de estrela, voz de trovão
O canto que incendeia a alma,
Inflama a chama da paixão
A “Deusa dos Orixás””
Foi para os braços do “Menino Deus”
Firmou suas raízes
No seu cantar o mar serenou
Com talento e emoção
Se fez eterna em nosso coração
Clara Nunes é o nome artístico de Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, nascida em 12 de agosto de 1942. Foi uma compositora e cantora brasileira, reconhecida como uma das melhores e maiores intérpretes do país.
Primeira brasileira a vender mais de cem mil discos, ela marcou a história da música nacional e se tornou inspiração para as gerações de artistas que se seguiram. Nascida em Paraopeba, município do estado de Minas Gerais, Clara morreu na madrugada do sábado, 2 de abril de 1983, vítima de um choque anafilático, após uma reação alérgica a um componente do anestésico sofrida em uma cirurgia de varizes.
Ao todo foram 17 discos, que a tornaram a mineira mais baiana do Brasil, com canções que celebram o samba e os orixás do candomblé e da umbanda. “Nação”, o último, é de 1982, ano anterior ao de sua morte.
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