Coreógrafo celebra 13 anos do projeto ‘Samba Cênico’ com exposição e documentário

A Cia. Samba Cênico, grupo teatral liderado pelo coreógrafo Régis Santos que há 13 anos faz sucesso nos desfiles das escolas do Carnaval de São Paulo, comemora mais um aniversário com o lançamento de uma exposição e o do documentário “Samba Cênico – Teatralizando o Carnaval e Carnavalizando o Teatro”, fruto do prêmio ProacLAb – “Neide Rodrigues Gomes” de Patrimônio Imaterial, Cultura Popular, Tradicional e Urbana, com o Projeto Minha Vida na Arte e Cultura Popular – Uma Memória Imaterial Afetiva e Ideológica.

O evento gratuito acontece na Usina Paulista de Artes, na Bela Vista, espaço cultural que funciona em um casarão do século XIX, construído em 1889 e tombado pelo Patrimônio Histórico.

“Sempre sonhei com um lugar onde a cultura popular dialogasse com o erudito. Com o Samba Cênico, tornamos isso possível teatralizando o Carnaval e carnavalizamos o teatro. São 13 anos de felicidades e conquistas”, comemora o diretor Régis Santos.

A história do Samba Cênico

O Samba Cênico nasceu em 2008, no desfile da Sociedade Rosas de Ouro. Régis, em parceria com a atriz Carla Barbisan, criou a primeira dramatização no Carnaval, apresentando “O Perfume – A história de um assassino”, de Patrick Suskind. “O impacto no Sambódromo foi tão grande que as pessoas se levantaram para aplaudir”, relembra o diretor. Com o sucesso, o projeto seguiu nos desfiles seguintes e se tornou tradição na folia paulistana.

Em 2012, ainda na “Roseira”, no enredo “O Reino dos Justus”, 150 atores encenaram “Morte e Destruição”. “Foi histórico! Arrancamos constantes aplausos e gritos em todos os setores do Anhembi”, relembra o profissional.

Em 2013, o grupo inovou no chão e no carro alegórico apresentando “A Festa do Mortos” no desfile “Os Condutores da Alegria, Numa Fantástica Viagem aos Reinos da Folia”. “Além de impactante, a apresentação foi feita com precisão coreográfica e irreverência”, destaca o coreógrafo.

Com sucesso absoluto, a performance de 2014, foi destaque em todos os meios de comunicação com a apresentação “Terror-Trem Fantasma”, que relembrou lendas urbanas e personagens de terror emblemáticos e os passeios nos parques no mês de terror.

No último ano do Samba Cênico na azul e rosa, o grupo interpretou “A Transformação do Amor”, inspirada na história “A Bela e a Fera” fizeram uma analogia do clássico de amor, que produzia transformações profundas nas personagens.

Convidados pelo carnavalesco Murilo Lobo, o grupo preparou uma coreografia cênica para a segunda alegoria da Unidos do Peruche no enredo “Karabá e a Lenda do Menino de Coração de Ouro”, em 2015. “A apresentação encantou os componentes da escola e o público”, afirmou.

Em 2016 o projeto continuou fazendo parte do desfile da “Filial do Samba” em dois setores, no abre-alas com a ancestralidade e no meio da escola com resistência, o primeiro momento de atuação com tema político na trupe, o samba resistindo à ditadura militar.

Em 2017, o Samba Cênico se dividiu em dois setores do desfile da Peruche. A comissão de frente da escola enalteceu a cidade de Salvador. Foram 36 integrantes, divididos em três elencos. O grupo também teatralizou a alegoria do Pelourinho. Ambas as atrações levantaram as arquibancadas.

Em 2018, o coreógrafo foi responsável pela comissão de frente da Estrela do Terceiro Milênio, um projeto coreográfico forte e impactante. O último trabalho da Cia. foi na Colorado do Brás, onde enalteciam os Griôs contadores de histórias ancestrais no enredo “Hakuna Matata”.

No Carnaval de 2022 a Cia. Samba Cênico irá lançar o filme longa metragem em formato documentário “Samba Cênico – Teatralizar o Carnaval e Carnavalizar o Teatro”, ainda em comemoração ao aniversário do Samba Cênico.
A Usina Paulistana de Artes fica Rua São Domingos, 237 – Bela Vista. O evento acontecerá nos dias 18 e 19 de dezembro, das 10h às 20h. A entrada é franca.

Sobre o coreógrafo Régis Santos

Com 45 anos de Carnaval e 38 anos de teatro, o renomado diretor, coreógrafo, ator e produtor teatral Régis Santos faz sucesso há 13 anos com a fusão dessas duas expressões artísticas nos desfiles das escolas de samba de São Paulo com a Cia. Samba Cênico.

O artista possui respeitada trajetória na folia paulistana, onde já foi passista, chefe de ala, destaque de alegoria, mestre-sala, apoio de casal, diretor cênico, coreógrafo e compositor.

Nos palcos, tem importantes peças no currículo como “Cidadão de Papel”, “Prometeu Enjaulado” e “Torre de Babel”. Também atuou em musicais como “Casa de Brinquedo e Canção para os Direitos das Crianças”, de autoria de Toquinho, e “Os Possessos”, com direção de Antônio Abujamra. Já nos cinemas, participou de “Carandiru, o Filme”, “Meu Nome é Bagdá”, entre outros.Com 45 anos de Carnaval e 38 anos de teatro, o renomado diretor, coreógrafo, ator e produtor teatral Régis Santos faz sucesso há 13 anos

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