Carlos Junior avalia carreira e responde como lida com as críticas

Desfile das campeãs 2022 da Império de Casa Verde. Foto: Bruno Giannelli/SRzd

Carlos Junior no desfile das campeãs 2022. Foto: Bruno Giannelli/SRzd

Atualmente, Carlos Junior é o terceiro intérprete mais longevo do Grupo Especial de São Paulo, atrás apenas de Ernesto Teixeira e Douglinhas Aguiar. Se preparando para fazer sua estreia como voz oficial da Sociedade Rosas de Ouro, ele começou a atuar como voz oficial na principal divisão do samba paulistano no ano de 2000, pela Mocidade Camisa Verde e Branco.

Após defender as cores da Acadêmicos do Tucuruvi em 2023, o cantor chegou para substituir Royce do Cavaco, que deixou a agremiação após seis Carnavais seguidos em sua segunda passagem pela Roseira, onde já havia cantado entre 1983 e 1994.

Em entrevista ao repórter Guilherme Queiroz, para o SRzd, Carlão abriu o coração para falar um pouco de sua vida pessoal e do momento de sua carreira como intérprete de samba-enredo.

“Acabei me perdendo num certo momento da pandemia, não só como cantor, mas como pessoa […] e não soube o que fazer. Eu era líder de uma família que tinha uma criança dentro de casa. E aí me encontrei com este ponto de interrogação e achei uma resposta: eu não vou parar, porque um dos meus ídolos é o intérprete Vagner Mariano, o Vaguinho, que em uma certa época da vida dele, acabou parando [de cantar no Carnaval] por questões que não davam mais para ele. E quando ele voltou ao Carnaval, me falou algo que nunca mais saiu da minha cabeça: não para, porque quando você voltar, eles não vão te respeitar da mesma forma. Você dá dez passos para trás, mas não para”, disse.

A respeito de como lidar com possíveis críticas dos sambistas, o cantor afirmou que prefere não se apegar aos comentários negativos e nem aos positivos: “Na verdade eu faço igual aos grandes artistas, não escuto as críticas e nem os elogios. Não me apego a essas coisas, porque as pessoas travam. Você está ali para ser julgado e os gostos são totalmente diferentes.”

A Rosas de Ouro encerrará a primeira noite do Grupo Especial, na sexta-feira, 9 de fevereiro, com o enredo “Ibira 70 – A Rosas de Ouro é São Paulo no Carnaval 2024”, em homenagem ao Parque do Ibirapuera, um dos principais símbolos da capital paulista.

O desenvolvimento está por conta do carnavalesco Paulo Menezes, artista que assina seu terceiro projeto na escola. O samba-enredo foi escrito por apenas três compositores: Vaguinho, Marcus Boldrini e Rapha SP.

Confira a entrevista com Carlos Junior na íntegra:

Carlos Junior: carreira marcada por títulos e premiações

Considerado um dos intérpretes mais respeitados e premiados do Carnaval de São Paulo, Carlos Junior estreou como intérprete de samba-enredo em São Paulo na Camisa Verde e Branco em 2000. Em sua trajetória, defendeu as cores da Mancha Verde (2003), Vai-Vai (2008 e 2009) e Mocidade Unida da Mooca (2017 e 2018).

Na Império de Casa Verde, onde se consagrou e criou grande identificação com a comunidade, contabiliza duas passagens vitoriosas (2004-2007 e 2010 – 2022), sendo campeão em 2005, 2006 e 2016.

Sambista nato, é compositor e cantor solo com discos gravados e shows em todo o Brasil. É também um dos intérpretes mais requisitados para concursos de samba-enredo. Ainda fez parte do Grupo Quesito Melodia e foi anunciado como intérprete da escola de samba carioca Paraíso do Tuiuti, porém não conseguiu cantar na Sapucaí, em razão do Carnaval de 2022 ser realizado no mesmo dia, tanto em São Paulo, como no Rio.

 

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