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‘Bahia, da fé ao profano’: veja detalhes do enredo da Mancha Verde 2025

Presente no desfile das campeãs do Grupo Especial de São Paulo desde 2018, sendo campeã em 2019 e 2022, a Mancha Verde divulgou no último dia 1, o seu enredo para o Carnaval de 2025.

Após ficar na quinta colocação em seu último desfile, a verde e branca buscará a conquista de sua terceira estrela com um dos maiores enredos de sua escola, conforme postagem feita em suas redes sociais.

O título do tema é “Bahia, da fé ao profano” e será desenvolvido por uma comissão de Carnaval formada por Lucas Abelha, Igor Carneiro, Sergio Gall, Robertinho, Bibinha, Paolo Bianchi, Kaique Serdan e Paulo Serdan Filho.

Inspirado na série-documentário com o mesmo nome, idealizada pelo produtor Gastão Netto, baiano de Salvador, o enredo sugere demonstrar como alguns dos costumes sagrados e tradições das festas religiosas afro-católicosbrasileiros estão presentes e se misturam com a “profanidade” da Bahia.

Confira a síntese do enredo:

Um mergulho intenso de fé e festa que vem do povo baiano.

Todo filho da Bahia nasce com uma vaidade inerente. O baiano é um povo que adora se embelezar e se enfeitar para cultuar sua fé através dos seus Santos e Orixás e para ‘profanar’ nas festas, quase que ao mesmo tempo.

Quando o significado de profanar na “linguagem” baiana está muito mais próximo de festejar, curtir, “comer e beber” as suas festas, usar o seu corpo seja para dar ‘passagem’ a seu orixá no candomblé seja para seguir as procissões de santos católicos, ou para deixar aflorar as mais diversas expressões da sua ancestralidade em forma de cultura, de dança, se deixando levar pelos diversos ritmos e sons, tradicionais e contemporâneos, que brotam de todos os cantos da cidade, deixando fluir a sensualidade e o prazer.

Tudo harmoniosamente misturado. Tudo abençoado, profanamente permitido e justificado pela fé proferida em algumas das festividades religiosas das mais importantes e populares de Salvador e seu entorno.

Ali se cultua Senhor do Bonfim, Iemanjá, São Bartolomeu no Recôncavo, Bom Jesus dos Navegantes, Santa Bárbara entre outras centenas de santos e orixás.

Se ouvem os ritmos ancestrais africanos, marcados pelo toque dos atabaques, se misturando ao canto gregoriano que surge das igrejas da cidade, ao axé do carnaval, ao pagodão baiano e ao eletrônico e sistêmico som dos
paredões que brotam da periferia.

Expressões que se renovam a cada dia, nesse lugar de fé, sagrado e profano que é Salvador e a Bahia.

substantivo feminino

1. confiança absoluta (em alguém ou em algo); crédito.

2. RELIGIÃO: no catolicismo, a primeira das três virtudes teologais.

Para a Mancha Verde, fé é aquilo que nos fez acreditar que poderíamos ter chegado até aqui.
Fé é o que nos move, o que nos faz resilientes. Fé em nossos Orixás, em Iemanjá,
Iansã ou Santa Bárbara.
Fé em Bom Jesus dos Navegantes, em Oxalá ou Senhor do Bonfim.
Na nossa essência, fé em nossa Mãe Aparecida.
Nós somos intensos, acertamos e erramos, rezamos, e profanamos, e é a fé que nos equilibra.

Embelezar

verbo transitivo

Tornar mais belo, enfeitar, ornar: embelezar a casa;
o sonho embeleza a realidade. Embelezar uma história, orná-la em detrimento da verdade.

Para a Mancha Verde, todas as pessoas têm o direito de buscar sua beleza.
Tem gente que se embeleza para ir à missa, no culto, no terreiro, para professar sua fé.
Tem gente que se embeleza para curtir, dançar, brincar, seduzir.
Todos buscam assim se realizar e se afirmar. Todos buscam encontrar a beleza da vida e a felicidade.

Profanar

Verbo transitivo direto

tratar com irreverência, desrespeitar a santidade de.

tratar desrespeitosamente; ofender, afrontar, macular.

Para a Mancha Verde, profanar é aproveitar de forma irreverente o que a vida nos proporciona.
Curtir, se afirmar, amar, beber, comer, dançar, sensualizar, enfim equilibrar as coisas sérias com as coisas divertidas que a existência nos permite.

Carnaval 2024

Sexta a desfilar na sexta-feira, 9 de fevereiro, no Carnaval de 2024 a Mancha Verde apresentou no Sambódromo do Anhembi o enredo “Do nosso solo para o mundo: o campo que preserva, o campo que produz, o campo que alimenta”, desenvolvido pelo carnavalesco André Machado, que se transferiu para a Águia de Ouro.

+ Clique aqui para relembrar o desfile

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Redação SRzd

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