Na porta dos 70: Salgueiro muda após pior classificação dos últimos 14 anos

Desfile Salgueiro 2022. Foto: Bianca Guilherme/SRzd

A Academia está na porta de completar 70 anos. Ainda não se sabe se a rica, pioneira e decisiva contribuição dos Acadêmicos do Salgueiro para o Carnaval brasileiro será cantada na Marquês de Sapucaí no próximo ano para marcar a data histórica.

Sabe-se, até aqui, que a escola mudou. Ao longo dos anos, conhecida pela manutenção de seus profissionais, principalmente os carnavalescos, a vermelha e branca tem desenvolvendo seu próximo projeto de desfile o artista Edson Pereira, no lugar de Alex de Souza. O segundo, esteve no cargo nos últimos quatro desfiles e contribuiu para manter a agremiação sempre entre as campeãs nesse período.

Antes dele, Renato Lage, quase sempre ao lado de Márcia Lage, foi a mente criadora do Salgueiro por quinze anos, igualmente obtendo resultados expressivos.

Talvez, o sexto lugar neste ano ao cantar o enredo Resistência, ainda que garantindo uma vaga nas Campeãs, tenha pesado para um novo momento para a escola. Essa foi a pior classificação do Salgueiro desde 2007.

Ao longo do período imerso na folia, Edson Pereira se mostrou um carnavalesco de desfiles pujantes. Ao SRzd, logo que foi contatado, comentou a fama.

“Qualquer escola hoje gostaria de me ter como carnavalesco, não só pelo amor que eu faço, o meu trabalho, mas as escolas querem crescer como proporção. Durante todo esse tempo de carreira, eu imprimi essa marca de grandes carnavais e imponentes. Acho que foi isso que atraiu o Salgueiro a mim, também. E eles vão me dar todo o suporte necessário para um grande desfile e vou retribuir com muito trabalho. O Salgueiro merece”, disse Pereira, vindo da coirmã Vila Isabel.

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2023 é logo ali

Com o Carnaval adiado neste ano, o tempo de preparação para o espetáculo em 2023 é menor. Os desfiles do Especial acontecem nos dias 19 e 20 de fevereiro.

O Salgueiro já se movimentou em relação aos seus profissionais. Se mudou o carnavalesco, deve manter o restante do elenco.

Até aqui, renovou o contrato com o coreógrafo Patrick Carvalho, profissional que deixou o Império Serrano, agora, na mesma divisão da Academia.

 Reafirmou seus laços com a dupla de mestres de bateria Guilherme e Gustavo, comandantes da Furiosa desde dezembro de 2018, e com Sidclei e Marcella, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira.

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Uma dos mais antigas e tradicionais escolas de samba do Rio, a Acadêmicos do Salgueiro tem nove campeonatos no Grupo Especial, conquistados nos anos de 1960, 1963, 1965, 1969, 1971, 1974, 1975, 1993 e 2009.

Que fome é maior?

Do Grupo Especial 2023, apenas uma escola nunca conquistou o título e a “fome”, naturalmente, deve ser das maiores; o Paraíso do Tuiuti.

Quem está de barriga cheia, mas não menos faminta, é a Acadêmicos do Grande Rio, atual campeã e que, certamente, quer repetir o saboroso “prato” com tempero de vitória. As outras dez escolas, assim estão na espera para voltar a faturar o campeonato:

Viradouro – desde 2020
Mangueira – desde 2019
Beija-Flor – desde 2018
Mocidade e Portela – desde 2017
Unidos da Tijuca – desde 2014
Unidos de Vila Isabel – desde 2013
Salgueiro – desde 2009
Imperatriz – desde 2001
Império Serrano – desde 1982

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