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Missa de sétimo dia de Luizinho Drumond reúne sambistas na Igreja da Penha

Missa de sétimo dia de Luizinho Drumond. Foto: SRzd

Sambistas e amigos de Luizinho Drumond se reuniram na manhã desta quinta-feira (9), na Igreja da Penha, para a celebração da missa de sétimo dia de falecimento do presidente da Imperatriz. A cerimônia foi restrita a convidados e ao ar livre, por conta das orientações da isolamento social. A família do dirigente não compareceu.

Segmentos da Imperatriz, como o ex-casal Maria Helena e Chiquinho, o atual Thiaguinho e Rafaela, o diretor de Carnaval Marquinhos e o diretor de Harmonia Jorge Arthur participaram da missa, assim como torcedores da agremiação.

Na entrada, rosas brancas e cartões com a imagem do presidente foram distribuídos ao público. O fim da celebração foi marcado pela leitura de um texto em homenagem a Luizinho (leia abaixo na íntegra).

A página da Imperatriz no Instagram transmitiu a celebração. Confira:

Texto em homenagem a Luizinho:

A dor da partida, em seus familiares e admiradores, chega a fisgar no mais profundo ímpeto de nossas almas.

“Oh! mãe… mesmo se um dia a força me faltar,
A luz que emana desse teu olhar
Vai me abençoar!”

Este dia chegou e a força que nos falta é pela falta de um grande homem, simples, de palavra, porque foi com a palavra, acima de tudo, que o tornou imortal. Imortalizou histórias, feitos, carnavais e legados.

Há um ano, nos reuníamos aqui para agradecer, do pé da escadaria até este altar, pelo pedido atendido: a permanência do nosso patriarca. Hoje, estamos aqui, no mesmo santuário, mas agora nos despedindo com os corações em pedaços. Nos despedimos porque ainda não temos o entendimento do caminho de paz para o qual o além vida nos leva, porque não compreendemos, como filhos, o plano do Pai.

Esta igreja – cuja ligação com as nossas raízes de samba é histórica – foi testemunha do amor correspondido entre um presidente e tua escola, da cumplicidade imensa entre um líder e sua comunidade. Se, naquele dia, os presentes assistiram a dor que nos colocou de joelhos se transformar na força para elevar o nosso guia, agora são as lágrimas, estas correntes de saudade, que preenchem o vazio deixado pela sua partida.

Sentimos muito, muito porque fizeste tanto – e tantas vezes – que não parecia possível que esta hora fosse chegar. Mas saiba que sua missão foi cumprida, Luiz Pacheco Drumond, e nossa palavra permanece igual. Seguiremos como você pedia, nos entregando de corpo e alma durante o ano inteiro, com toda a dedicação de uma legião que espera chegar fevereiro pra fazer brilhar no ponto mais alto o sagrado que há em nossa linda bandeira.

Obrigado por tudo!
E Obrigado por ficar, Luiz. Obrigado, porque, pra nós, você fica!
Fica, porque a obra de um homem em vida é o legado que o faz imortal. Você fica através da herança, dos teus filhos, da família que agora é o relicário das tuas virtudes, a nossa esperança no horizonte.

Obrigado pelos gritos de conquista, pelo sabor verde-e-branco de tantas vitórias. Temos a certeza de que a sua aura estará para sempre no nosso balanço e na nossa alegria, nos dominós e colombinas, junto aos poetas de tantos sonhos encantados; e que nos encontraremos sempre que surgirem os tamborins na avenida da nossa saudade.

Seremos para sempre um só, de alma pintada, fazendo o povo vibrar, cantar, gritar, ser feliz. Vá em paz, Luiz! Que Deus e os anjos o abençoem nessa nova jornada, e que aí do alto suas asas estejam sempre abertas sobre nós.