Mangueira é campeã do Carnaval com ‘história para ninar gente grande’
Desfile Mangueira 2019. Foto: Leandro Milton/SRzd
Cantando “História para ninar gente grande”, a Estação Primeira de Mangueira é campeã do Grupo Especial do Carnaval 2019 e leva para casa seu 20º título, após a apuração nesta Quarta-Feira de Cinzas (6). A escola conseguiu 270 pontos. Só recebeu duas notas 9.9, que foram descartadas, tendo 30 pontos em todos os nove quesitos.
Em segundo lugar, Viradouro (269.7); em terceiro, Vila Isabel (269.4). A Portela ficou na quarta posição (269.3); o Salgueiro, em quinto lugar e a Mocidade, em sexto As seis primeiras voltam no Desfile das Campeãs, no próximo sábado (9).
Duas agremiações caem para a Série A no Carnaval 2020: Imperatriz, com 266.6, e Império Serrano, com 263.8. Em nove quesitos, o Império Serrano não recebeu nenhuma nota 10.
Veja abaixo classificação geral:
1º) Mangueira: 270.0
2º) Viradouro: 269.7
3º) Vila Isabel: 269.4
4º) Portela: 269.3
5º) Salgueiro: 269.3
6º) Mocidade: 269.0
7º) Unidos da Tijuca: 268.8
8º) Paraíso do Tuiuti: 268.5
9º) Grande Rio: 267.9
10º) União da Ilha: 267.7
11º) Beija-Flor: 267.6
12º) São Clemente: 267.4
13º) Imperatriz Leopoldinense: 266.6 (rebaixada)
14º) Império Serrano: 263.8 (rebaixada)
Após a apuração, Moacyr Barreto, que faz parte da diretoria da Verde e Rosa, conversou com o SRzd e respondeu sobre o futuro da equipe que fez o desfile. “Esse ano é de eleição. Se esse grupo continuar, não vamos mexer em ninguém. Não vamos mexer em casal, em comissão de frente, no carnavalesco. Nossa escola vai continuar brigando”, disse.
Veja como foi a apuração:
Como foi o desfile:
A Verde e Rosa, do carnavalesco Leandro Vieira, desfilou já na manhã de terça-feira (5). A agremiação contou “a história que a história não conta” ao trazer o protagonismo de índios, negros e pobres e criticar o heroísmo de personagens que, segundo a escola, não são tão heróis assim, como Duque de Caxias, Pedro Álvares Cabral, Padre José de Anchieta e Princesa Isabel.
A comentarista do SRzd Rachel Valença ficou sem palavras para descrever a apresentação da escola de samba: “Que força teve esse desfile da Estação Primeira de Mangueira. Antes de qualquer outra coisa, a letra do samba é uma das mais belas que conheço. Ouço dizer que foi feita por mão feminina, cujo nome não consta entre os autores. Não admira. Observei também que de maneira inovadora os carros eram empurrados só por mulheres. Lindo isso. Somos capazes de tudo isso: como Dandara, Leci, Luísa Mahin, Marielle, podemos fazer tudo aquilo de que fomos excluídas. O ponto alto ficou também com mulheres, as baianas, que traziam na cabeça tabuleiros de quitutes! Nunca mais eu tinha visto na Avenida algo que antes era corriqueiro. Que coisa bela e natural é um tabuleiro na cabeça de baiana! Para finalizar – e muito mais poderia ser escrito -, observo que um desfile de qualidade faz o tempo passar sem que a gente sinta. O desfile da Mangueira, no meu sentimento, foi um piscar de olhos. Um breve momento que pode mudar corações e mentes”.