O carnavalesco da Mangueira, Leandro Vieira, usou as redes sociais para pedir um “formato possível” para o Carnaval em tempos de pandemia. Diretor de marketing da Liesa, Gabriel David respondeu o artista e afirmou que a entidade trabalha com plano A, B e C para a realização do evento no próximo ano.
Para Leandro, a folia de 2022 “pode encontrar o mesmo destino de 2021”. O fato, como observado por ele, seria ainda mais prejudicial para a renda dos trabalhadores da festa. O carnavalesco pontuou que “as coisas estão insistindo em continuar ruins” e é preciso de novas ideias e de um pensamento “fora da caixa”.
Algo que marque uma cena cultural devastada pela escassez
“Algo que marque uma cena cultural devastada pela escassez e mantenha viva uma das mais importantes manifestações de arte desse país. O que a Liesa e o Rio de Janeiro administram junta música, dança, cultura, arte visual, show, teatro, performance e entretenimento. Pra realizar essa atividade, os caras contam com um time que junta sambistas marcados pela qualidade e inventividade daquilo que criaram há quase um século”, escreveu Leandro.
O carnavalesco ainda criticou o fato dos profissionais da festa não serem ouvidos para pensar soluções: “Se eu trabalhasse numa ‘empresa’ onde eu pudesse tirar minhas dúvidas sobre ‘o negócio da firma’ com a experiência de gente como Rosa Magalhães, Renato Lage, Selminha Sorriso, Hélio Bejane, Mestre Ciça, e tantos outros, sem dúvidas, a chance de acerto era bem maior”.
Gabriel David, diretor de marketing da Liesa, respondeu os questionamentos de Leandro Vieira. O dirigente afirmou que a entidade trabalha com três possibilidades para a realização da folia carioca no ano que vem.
“Já temos plano A, B e C, vislumbrando três cenários diferentes: Carnaval ocorrendo normalmente, com público reduzido na Sapucaí e sem a possibilidade de utilizar a arena”, disse Gabriel.
A gente precisa movimentar a economia do Carnaval
O diretor também está à frente das tratativas para o início da venda dos ingressos, prevista para junho. Anteriormente, Gabriel já havia dito que há um plano B, caso os desfiles não possam acontecer em fevereiro e as pessoas tenham adquirido entradas para a data.
“A gente entende que vai ter Carnaval em algum momento. Então, a gente tem diversas ações tanto de realocação desses tickets para um próximo ano até a devolução de parte desses ingressos. Mas a gente precisa movimentar a economia do Carnaval. Então, a gente vai começar a vender em junho muito provavelmente”, afirmou.
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