Império Serrano vai homenagear Dona Ivone Lara em final de desfile

A emoção promete dar o tom no final do desfile do Império Serrano em 2019. A agremiação resolveu homenagear – e eternizar – uma de suas maiores baluartes: Dona Ivone Lara. A cantora e compositora, que morreu em 16 de abril de 2018, é tema da ala que encerra a passagem da verde e branco na Marquês de Sapucaí.

“A Imortal Dama do Samba” é o nome da fantasia que fecha a apresentação da escola no próximo ano. O figurino, o 28º na ordem do desfile, faz parte do sétimo setor: “A vida nos torna imortais”. Para o carnavalesco Paulo Menezes, a homenagem à Dona Ivone tem tudo a ver com o enredo e é a melhor maneira de se encerrar um Carnaval.

O legado que Dona Ivone Lara deixou a transformou em um ser imortal

“Aquilo que você constrói na sua vida pode te tornar mortal ou imortal. O legado que a Dona Ivone Lara deixou a transformou em um ser imortal. A gente acaba homenageando ela, porque a vida não acaba quando a gente morre, a vida transcende a morte, e a dela transcendeu”, disse Menezes ao SRzd.

A fantasia lembra o estilo de se arrumar da cantora: vestido verde e branco e colares no pescoço. Presidente do Império Serrano, Vera Lúcia está feliz com a homenagem: “É uma roupa que representa as damas. Fizemos com muito carinho para homenagear nossa querida Dona Ivone Lara”.

A ala que representa a dama imperiana fecha o desfile do enredo “O que é, o que é”, baseado na música de Gonzaguinha. O tema pretende passar pelas visões sobre a vida.

O enredo do meu samba

Em 2012, Dona Ivone Lara foi homenageada pelo Império Serrano com o enredo: “Dona Ivone Lara – Enredo do meu Samba”. Na ocasião, a agremiação ficou com o vice-campeonato do Grupo de Acesso, mas saiu aclamada por parte do público como a melhor escola do ano. O samba em homenagem à cantora foi escrito por Arlindo Cruz.

Em abril deste ano, Dona Ivone morreu devido a um quadro de insuficiência cardiorrespiratória. Ela estava internada há semanas em estado grave no CTI da Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon, Rio de Janeiro. A sambista lutava contra uma infecção renal, com complicações causadas pela idade.