Em artigo, Rachel Valença defende que escolas não deixem de desfilar em 2021

Em artigo publicado no SRzd nesta quarta-feira (30), a escritora Rachel Valença defendeu que as escolas de samba não deixem de desfilar no Carnaval 2021. Para ela, o importante é que as agremiações mantenham a tradição da forma que for possível.

‘No ano em que chuvas e enchentes, pouco antes do Carnaval, devastaram o Morro da Formiga, inviabilizando o desfile da Império da Tijuca, a brava escola surpreendeu a todos passando na Avenida com um surdo, que tocado pausadamente simbolizava o luto, e com sua bandeira. Nada mais do que isso. Não deixou de desfilar: saiu como foi possível. Foi a escola mais aplaudida da noite”, disse Rachel.

A colunista do SRzd ironizou a questão da aglomeração nos transportes públicos, que seguem cheios mesmo na pandemia. Ela também lembrou de atividades não essenciais que foram reabertas, mas que ninguém fez campanha contra, diferentemente do que vem ocorrendo com o Carnaval.

“Carnaval é aglomeração, não pode. Tudo pode: ônibus lotado, trem lotado, metrô lotado… Afinal, coitadinhos dos empresários de transporte público, não podem ter prejuízo aumentando o número de carros! Bares cheios? Pode. Futebol? Pode. Shopping aberto? Pode. Mas desfile de escola de samba? Nem pensar”, criticou Rachel.

A sambista, que integra a Velha Guarda do Império Serrano, afirmou ainda não saber exatamente a forma como podem ser realizados os desfiles em 2021, mas deu ideias e lançou o pedido: que as agremiações não deixem de passar na Avenida.

“Só com um carro, o abre-alas? Com o abre-alas e mais um carro? Com alas de no máximo trinta componentes? Com apenas um casal de mestre-sala e porta-bandeira? Com dez baianas? Com todos os componentes usando máscaras, inclusive a bateria? Com reedição de enredos, para não “queimar” boas ideias dos carnavalescos? Com público drasticamente reduzido?”, sugeriu Rachel.

+ Leia o artigo ‘As escolas de samba e o Carnaval de 2021, por Rachel Valença’ na íntegra