Anunciado no dia 28 de novembro pelo Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, a autorização de repasse de uma verba de R$ 8 milhões serviu de alívio para as agremiações do Grupo Especial, que sofriam com a redução de 50% da subvenção da prefeitura do Rio de Janeiro. Porém, nesta segunda (11), a situação foi diferente e trouxe novamente a preocupação aos sambistas. O Ministério da Cultura revogou a verba prometida.
Tal aporte financeiro viria da Caixa Econômica Federal, que destinaria cerca de R$ 7 milhões por meio de patrocínio. O restante seria captado pela Lei Rouanet. Segundo o ministério, o cancelamento do apoio se dá devido a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Liesa, não ter cumprido as exigências do projeto de captação.
“Infelizmente, a Liga das Escolas de Samba não atendeu às exigências da Caixa e do MinC, que são as mesmas feitas a todos os projetos culturais patrocinados via Lei Rouanet. E agora não há prazo hábil para os trâmites internos da Caixa e do MinC. A responsabilidade é da Liga”, informou o Ministério da Cultura por meio de nota.
Conforme informado no dia 28 de novembro, a responsabilidade de captação era da Liesa, que precisaria apresentar projetos conforme as exigências da lei para que o dinheiro fosse liberado após os projetos serem aprovados.
A Liesa, por sua vez, afirmou ter cumprido todas as exigências e apresentados os projetos da forma correta. “Se eles estão dizendo que nós não nos mobilizamos, isso não é verdade. Foi uma resposta política”, disse o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, em entrevista ao ‘Jornal O Globo’.
Independente da versão da história, a certeza que fica é de mais um problema financeiro para as escolas de samba do Grupo Especial, que perdem, cada uma, cerca de R$ 615 mil para realizar o Carnaval.
DIRIGENTES FORAM A BRASÍLIA CONVERSAR COM MINISTRO EM JULHO
Logo após o prefeito Marcelo Crivella bater o martelo referente ao corte da metade da subvenção, o ministro Sérgio Sá Leitão comentou a respeito de ajudar o Carnaval carioca com uma verba federal.
No final de julho, dirigentes das agremiações foram a Brasília para conversas com o ministro e o presidente Michel Temer e voltaram de lá com a promessa de R$ 13 milhões – R$ 1 milhão para cada escola.
A verba, que passou a ser de R$ 8 milhões, foi confirmada no final de novembro e revogada no início do último mês de 2017, faltando cerca de 60 dias para os desfiles na Marquês de Sapucaí.
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