Decisão sobre Carnaval na Sapucaí não será tomada segunda-feira, diz secretário

Marquês de Sapucaí. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Marquês de Sapucaí. Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Após reunião realizada no dia 12 de janeiro, o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 do Rio de Janeiro adiou para o dia 24 de janeiro a decisão final sobre a realização do Carnaval na Marquês de Sapucaí na cidade, marcados para os dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro. Só que ainda não será dessa vez que o martelo será batido. É o que garante o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Para ele, outros temas serão prioritários, como estratégias para ampliar a testagem e o atendimento na rede pública, diante do aumento de casos de Covid-19.

“A gente considera precoce para discutir Carnaval. Não teremos ainda nessa segunda definições sobre o Carnaval. A variante Ômicron mudou todo o cenário epidemiológico. Primeiro, temos de entender quanto essa curva vai durar, e se de fato essa variante vai continuar se comportando de maneira leve. Nossa preocupação é proteger os não vacinados, e evitar ao máximo que tenham pessoas não vacinadas. Para que, depois, a gente possa planejar o que vai acontecer daqui a 40 dias. Ao meu ver, é precoce a gente prever qualquer coisa”, afirmou Soranz ao site do jornal “O Dia”.

Prefeito e Governador sinalizaram a favor dos desfiles

Nas últimas semanas, o prefeito Eduardo Paes se manifestou dizendo ser cedo para tomar decisões para um evento que acontecerá no final de fevereiro. Em uma de suas falas, Paes declarou ser possível realizar a festa pelas regras atuais, se houver condições sanitárias.

Eduardo Paes. Foto: Reprodução/Twitter
Eduardo Paes. Foto: Reprodução/Twitter

“Se hoje nós permitimos, em ambientes restritos, que as pessoas se reúnam, celebrem, com passaporte de vacinação, temos que pensar como ficará hoje, esta semana. Esse deve ser o foco. A gente entende, pelas regras atuais, que eventos em que podemos ter controle, passaporte vacinal e eventualmente testagem, não têm problema nenhum de acontecer”, disse Paes em coletiva para jornalistas.

O governador Cláudio Castro também se posicionou afirmando não haver motivos para cancelar o Carnaval das escolas de samba.

“Estamos sim, ambulatorialmente, tendo um crescimento enorme, mas isso não está se traduzindo em internação. Ela (a variante Ômicron) está muito mais similar a uma gripe, do que uma pneumonia, como foram as outras cepas. A princípio, a Secretaria Estadual de Saúde, que é quem me orienta, não vê motivo para a gente cancelar o Carnaval. Então, o Carnaval está sim mantido, sob orientação do secretário Chieppe e de toda a sua equipe”, declarou o governador em entrevista à Rede Globo.

Cláudio Castro em entrevista. Foto: Reprodução/TV Globo
Cláudio Castro em entrevista. Foto: Reprodução/TV Globo

Prejuízo bilionário sem o Carnaval

Com a confirmação do cancelamento da folia promovida pelos Blocos de Rua, que movimentam milhões e atraem turistas de todo o mundo, agora existe a preocupação dos envolvidos nos desfiles realizados na Marquês de Sapucaí.

Em entrevista para a CNN Brasil, de acordo com os cientistas Cristina Couri, do Laboratório de Economia Criativa da ESPM, e Gabriel Pinto, do Laboratório de Inteligência Artificial da Unirio, as projeções, caso a festa seja limada do calendário, estimam perda de cerca de R$ 6 bilhões envolvendo todos os setores que, de alguma forma, atuam na complexa engrenagem do Carnaval.

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