A Carnavália-Sambacon segue com o seu grande intercâmbio de experiências entre as mais diferentes áreas que envolvem o Carnaval do Brasil. Em seu segundo dia, além das exposições nos estandes, foram debatidas as oportunidades de trabalho na indústria do carnaval e o impacto da crise econômica nas principais festas populares e culturais do país. A feira que teve início na última quinta-feira (13) encerra suas atividades neste sábado (15), com o sorteio da ordem dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro e um show com participação especial do Festival de Parintins. O evento está sendo realizado no Centro de Convenções SulAmérica, no Centro do Rio de Janeiro.
O encontro entre lideranças de Ligas e entidades que organizam o Carnaval em várias cidades do Brasil teve o intuito de encontrar uma solução para a crise econômica que tem assombrado o futuro do Carnaval. Para compor a mesa, estavam Jorge Castanheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro (Liesa); Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Ligasp); Kaxitu Ricardo Campos, ex-presidente da União das Escolas de Samba Paulistanas (Uesp); Fábio Botelho, presidente da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf); José Alves Peixoto Júnior, Secretário Estadual de Turismo da Bahia; Rogério Sarmento, presidente da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial de Vitória (Liesge); Juarez Guterrez, Presidente da Liga das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa); Moacir de Oliveira Filho, representante da União das Escolas de Samba de Brasília (Uniesb); e Bi Garcia, prefeito de Parintins, no Amazonas. O evento foi mediado por Leonardo Bruno, jornalista do jornal “Extra”.
Em uma breve introdução, Leonardo pontuou cenários da crise econômica do Brasil e como alguns setores tem reagido aos investimentos no carnaval. Logo em seguida, o presidente da Ligasp, Paulo Sérgio Ferreira, falou sobre as medidas que o Carnaval de São Paulo tomou junto com o poder público para melhorar a receita financeira das escolas. “Nós hoje temos o Proac [Programa de Ação Cultural], mas o Proac no Estado de São Paulo não contempla o evento Carnaval, [apenas] os desfiles das escolas de samba; onde cada escola de samba tem uma renúncia de 300 mil reais por ano [nos impostos]. Mas é uma dificuldade. Nós estamos tentando estudar com o governador [de São Paulo] para que nós possamos aumentar não só a receita das escolas de samba, mas que isso seja incluído também no evento, na infraestrutura do Carnaval”, comentou.
O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, relembrou o depoimento do prefeito de Parintins durante a Cerimônia de Abertura da Carnavália-Sambacon e usou a gestão município amazonense como exemplo de governo que incentiva a cultura. Castanheira também mencionou que, durante as campanhas para o cargo de prefeito do Rio de Janeiro em 2016, a Liesa entregou propostas de isenção de impostos para os candidatos a prefeito do Rio. “A Liga das Escolas de Samba junto com as escolas de samba do Rio repassam ao município aproximadamente 6 milhões de reais por ano em impostos. Nós pedimos essa isenção”, explicou.
Kaxitu Ricardo Campos, ex-presidente da União das Escolas de Samba Paulistanas, relembrou que o Carnaval vai além dos desfiles das escolas de samba e que os investimentos do poder público não são suficientes para realizar todos os eventos e efetuar o pagamento dos profissionais que fazem parte dessa grande manifestação cultural. Kaxitu salientou também o rumo que o debate sobre atual situação do Carnaval do Rio de Janeiro tem tomado. “A gente percebe que o Carnaval está diminuindo cada vez quando esse processo chega ao Rio de Janeiro; que, além do valor cultural, o Carnaval faz parte do DNA da cidade. As pessoas conhecem o Rio de Janeiro pelo Carnaval. Então quando a questão, para nós, para mim, chega neste sentido, a crise é muito maior do que a gente está pensando. Eu acho que a gente está perdendo um pouco o timing da discussão, do debate público. Tem muita gente na rua abraçando essa conversa e não entendendo a a relevância do carnaval como cultura, primeiramente, e depois como atividade econômica. Um ‘milhãozinho’ que a prefeitura investe no evento Carnaval, retorna em serviços”, afirmou.
Fábio Botelho, José Alves Peixoto Júnior, Rogério Sarmento, Juarez Guterrez, Moacir de Oliveira Filho e Bi Garcia também compartilharam suas experiências com os carnavais e eventos festivos de suas respectivas cidades. Fábio Botelho,presidente da Liesf, em um discurso emocionado, afirmou que as divergências políticas que envolvem o Carnaval carioca afetam simbolicamente os eventos em cidades de todo o Brasil. Rogério Sarmento, presidente da Liesge, e Jurarez Guterrez, presidente da Liespa, comentaram sobre as peculiaridades dos carnavais de Vitória e de Porto Alegre, respectivamente. Já José Alves Peixoto Júnior contribuiu com sua visão como integrante de uma secretaria de turismo. E Moacir de Oliveira Filho lamentou o hiato no carnaval de Brasília. O prefeito de Parintins, Bi Garcia, recuperou trechos de sua fala na Cerimônia de Abertura da Feira e compartilhou dados de seu município. Ouça os depoimentos na íntegra de cada participante do debate.
Para encerrar a noite, o mais antigo bloco afro de Carnaval de Salvador, na Bahia, agitou o Centro de Convenções SulAmérica. O Ilê Aiyê tocou sucessos do carnaval de Salvador, caminhou entre os estandes e convidou o público presente para o palco principal, onde se apresentou com a Mocidade Independente de Padre Miguel. Veja um trecho do desfile do bloco pelo Centro de Conveções:
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