Em fevereiro de 1932 nascia o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Direto da redação do saudoso jornal Mundo Sportivo, Mario Filho, irmão do genial Nelson Rodrigues e que dá nome ao estádio do Maracanã, idealizou o primeiro modelo.
O segundo desfile, realizado em 1933, foi organizado pelo Jornal O Globo. No ano seguinte, dois desfiles; um sob a coordenação do jornal O País, outro pelo A Hora.
Porém, o ano de 1935 é considerado como o do primeiro concurso oficial, por ter recebido o apoio da Prefeitura da cidade, pagando uma pequena subvenção às escolas. Em 1936, o Carnaval foi organizado pela União das Escolas de Samba, a primeira entidade criada para representar as agremiações.
Nessa longa jornada, foram, até aqui, 90 anos de história, onde as escolas fizeram história, contadas por seus artistas e pela expressão genuína de suas comunidades. O Rio, o Brasil e o mundo passaram a conhecer, através da arte e da voz dos sambistas, aspectos únicos da cultura popular e da própria identidade do povo brasileiro.
O SRzd traz neste mês de fevereiro uma série de reportagens especiais para celebrar esta marca importante dos desfiles das escolas de samba.
Durante essas nove décadas, quinze escolas de samba apenas conseguiram o feito de chegar ao primeiro lugar nos concursos.
Nessa matemática da disputa entre as agremiações, a Portela ostenta duas marcar impressionantes; é dona do maior número de campeonatos, são 22, e é a primeira em quantidade de títulos desde 1943, quando levantou seu quinto troféu.
Por outro lado, a azul e branca também registra um dos maiores jejuns de títulos; foram 33 anos de espera entre 1984 e 2017, quando voltou a soltar o grito de campeã. Entre as 12 escolas que integram o grupo Especial de 2022, a espera pelo primeiro lugar está assim:
Mangueira – desde 2019
Beija-Flor – desde 2018
Mocidade e Portela – desde 2017
Unidos da Tijuca – desde 2014
Unidos de Vila Isabel – desde 2013
Salgueiro – desde 2009
Imperatriz – desde 2001
Deste grupo, apenas três nunca conquistaram o título da divisão de elite; a Acadêmicos do Grande Rio, o Paraíso do Tuiuti e a São Clemente.
Entre as quinze escolas de samba que ergueram a taça, a Portela lidera, seguida de perto pela Mangueira. Nos 34 anos de jejum portelense, a verde e rosa celebrou 6 títulos e se aproximou da rival.
Em terceiro, aparece a Beija-Flor. Primeira a “incomodar” o quarteto formado por Mangueira, Portela, Império e Salgueiro, no final dos anos 1970, já soma 14 conquistas. No atual sambódromo, na Marquês de Sapucaí, ganhou o apelido de Soberana por ser a mais vitoriosa, com 9 campeonatos:
Portela (22 títulos) – 1935, 1939, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1946, 1947, 1951, 1953, 1957, 1958, 1959, 1960, 1962, 1964, 1966, 1970, 1980, 1984 e 2017
Mangueira (20 títulos) – 1932, 1933, 1934, 1940, 1949, 1950, 1954, 1960, 1961, 1967, 1968, 1973, 1984, 1984, 1986, 1987, 1998, 2002, 2016 e 2019
Beija-Flor (14 títulos) – 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018
Salgueiro (9 títulos) – 1960, 1963, 1965, 1969, 1971, 1974, 1975, 1993 e 2009
Império Serrano (9 títulos) – 1948, 1949, 1950, 1951, 1955, 1956, 1960, 1972 e 1982
Imperatriz (8 títulos) – 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001
Mocidade (6 títulos) -1979, 1985, 1990, 1991, 1996 e 2017
Unidos da Tijuca (4 títulos) – 1936, 2010, 2012 e 2014
Vila Isabel (3 títulos) – 1988, 2006 e 2013
Unidos da Capela (2 títulos) – 1950 e 1960
Viradouro (2 títulos) – 1997 e 2020
Com um título:
Estácio de Sá – 1992
Prazer da Serrinha – 1950
Recreio de Ramos – 1934
Vizinha Faladeira – 1937
Ainda ao analisar períodos de maior predomínio dentro dos concursos no Rio de Janeiro, se destacam as escolas que conseguiram as maiores sequências de títulos. Nesse quesito, a Portela ainda segue imbatível e, pelo nível cada vez mais acirrado de competição, fica difícil imaginar que se repita o feito conseguido entre 1941 e 1947.
A agremiação de Madureira ainda registra um tetracampeonato, conquistado em 1960, assim como o Império Serrano, no ano de 1951. Apenas as duas ostentam essa sequência. Entre todas as quinze que já foram campeãs da divisão principal, também é o Império dono de uma marca de destaque nessa análise; é a que está a mais tempo sem sentir o doce sabor da vitória; são 40 anos desde o inesquecível desfile de 1982. A Estácio completa, este ano, três décadas de distância do seu também memorável campeonato no Especial.
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