Ministério da Saúde avalia cenário para realização do Carnaval

Rosana Leite de Melo. Foto: Reprodução da TV

Rosana Leite de Melo. Foto: Reprodução da TV

Na última quarta-feira (8) Rosana Leite de Melo, chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento da Covid-19 do Ministério da Saúde, declarou que o órgão desaconselha a realização do Carnaval 2022.

Segundo ela, “o risco de uma nova variante se houver insistência em realizar a festa é iminente”. A declaração foi dada durante uma audiência pública realizada pela Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, em Brasília:

“Não podemos nos esquecer que estamos nesse momento ainda em pandemia. O Carnaval é uma festa, sim, que nós aglomeramos, que nós estamos juntos. É impossível não ficarmos aglomerados e nós sabemos que mesmo o indivíduo estando com seu esquema vacinal completo, até com dose de reforço, ele pode se contaminar. Estamos com uma parcela importante da população já com a dose de reforço, porém nós temos que associar medidas; medida de distanciamento, máscara, higiene. E, infelizmente, nesse tipo de festa é praticamente impossível de se conseguir, por mais que fale que vai se testar as pessoas. Sim, o teste também não é 100%. É arriscado, por tudo que nós já passamos, fazer esse tipo de reuniões, de comemorações no atual momento. É claro que estamos em dezembro. Em fevereiro ou março as coisas possam mudar, mas, hoje, a nossa posição é que isso seja pensado com extrema cautela e não recomendamos no momento”, analisou.

Posição do Ministério da Saúde

A posição do Ministério da Saúde é a mesma do presidente da República Jair Bolsonaro (PL), que já declarou reiteradas vezes ser contrário ao Carnaval no Brasil no próximo ano.

Porém, Bolsonaro se colocou em desacordo com as medidas de restrição de circulação e distanciamento social implementadas por governadores e prefeitos ao longo de toda a pandemia do novo coronavírus e fez disso uma de suas bandeiras e retórica de discurso.

A autonomia dos executivos estaduais e municipais para planejar suas estratégias locais de enfrentamento em casos como este é prevista na Constituição Federal de 1988 e foi reforçada em decisão do Supremo Tribunal Federal.

Aqueles que defendem a realização da festa têm usado o argumento de seletividade para o com festa e viés político no discurso do governo Federal. Além disso, as demais atividades similares ao Carnaval, como os jogos de futebol, por exemplo, receberam das autoridades autorização unânime de liberação dos eventos em todo o país.

+ veja a audiência na íntegra:

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