A realização dos ensaios técnicos não está descartada e se busca outro formato

Ensaio técnico da Mangueira 2017. Foto: Jeanine Gall

Ensaio técnico da Mangueira 2017. Foto: Jeanine Gall

Os bastidores onde transitam os dirigentes das escolas de samba estão fervilhando, embora os presidentes e diretores das agremiações tentem aparentar  publicamente uma contida tranquilidade, mas que não corresponde as agitadas articulações no sentido de encontrar um outro modelo para o ensaio técnico.

Apesar da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) ter anunciado no início de outubro o cancelamento dos ensaios técnicos para o Carnaval 2018, a realização do tradicional evento que une os sambistas não está descartada. Só que de uma outra forma. Um diretor de uma escola de tamanho médio disse ao SRzd que o que vem por aí é um ensaio de “Carnaval pocket”, menor e compacto. E mais barato. A busca por patrocinadores continua e há avanços nesta área.

Lembre-se que os argumentos do presidente da Liesa, Jorge Castanheira, adiantados ao SRzd são de que o cancelamento do ensaio técnico se deu “porque a Liesa não tem recursos. Não tem como a gente fazer. Sem recursos, só se a gente tiver um patrocínio. Por enquanto, não tem. Por 15 anos, a Liga vem bancando sozinha esses ensaios . Isso aí, pra gente, é um custo de R$ 3,5 milhões a R$ 4 milhões por ano. O dinheiro é gasto com segurança, limpeza de banheiros, controle, carro de som, a gente banca tudo. Por 15 anos, a gente bancou. Este ano, infelizmente, tudo está mais difícil”, disse.

De acordo com o site Carnavalesco, “a noite de quarta-feira, dia 18 de outubro de 2017, fica marcada como a data que as escolas de samba do Grupo Especial, em reunião na sede da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), receberam a informação definitiva do cancelamento dos ensaios técnicos no Sambódromo para o Carnaval 2018. Ficou acertado também que a Portela e Mocidade Independente de Padre Miguel, campeãs em 2017, farão o teste de som e luz da Passarela do Samba, no dia 4 de fevereiro de 2018, último domingo antes dos desfiles oficiais”.

De fato, os ensaios técnicos como os realizados nos anos anteriores não serão repetidos este ano. Mas existe um modelo novo onde se mantenham os “treinos” por setores, com alas coreografadas em separado e apresentações mais compactas com menor custo. Somente 4 das 13 escolas insistiram em manter o tradicional desfile para ajustes. As demais vão aderir este modelo ainda não inteiramente definido. A decisão final será tomada até 20 de novembro.

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