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Polêmica e bem-humorada, Saudade exaltará Dzi Croquettes

Atual sétima colocada do Grupo de Acesso, a Saudade chegará ao Grupo Especial do Carnaval Virtual com o enredo Mamãe, eu quero ser Croquetchy! de autoria de seu carnavalesco, Cleiton Almeida. A alvinegra de Niterói apresenta seu texto de sinopse em formato de uma carta carregada de bom humor, sendo essa uma característica da escola.

Confira abaixo a sinopse:

Logo oficial completo da agremiação.

Querida mamãe,

Esta carta é sobre os meus desejos.

Mamãe, eu quero inventar outro jogo. Chega de ficar presa nesse tabuleiro de movimentos limitados com esse exército de pecinhas uniformes. Xeque-mate no CIStema! Quero me montar como peça e me estrelar como gente… Gentchy Computada Igual a Você!
Falando em peça…. Peão que só anda para frente e come de lado? Chato, chato! Quero Peões e Peoas que rodem, que girem e que façam grandes círculos em todas as direções. Quero que todas as Torres possam avistar para além do horizonte lugares bonitos e tranquilos para se amar. Quero que todos os Cavalos exibam suas belas crinas ao vento enquanto cavalgam sem pudores. Pocotó, pocotó! E quero que todos os Bispos sejam livres de preconceitos, que exaltem as cores do que é colorido e se convertam à magia do desbunde. Quero também, mamãe, que todos os Reis e Rainhas sejam glamurosas, excêntricas e tenham samba no pé!
Mas nesse jogo os papéis não são tão definidos, mamãe. Quero que qualquer uma possa ser qualquer peça. E que possa trocar sempre que quiser e ser outra, como em um show de improviso. Ninguém mais precisará se esconder, por obrigação, atrás de máscaras e figurinos de jogos passados. O tabuleiro será um baile dos desejos pulsantes, um espetáculo em constante metamorfose!
E se toda peça pode ser qualquer peça é porque o jogo se torna democrático. Quero que todas sejam sinônimo de poder, livres para ir e voltar pelos espaços do tabuleiro sem medo de serem mortas. Não falo de uma democracia unilateral que vigia e pune o que foge à coreografia. Falo de uma democracia do cu: que todos tenham. Tão polêmico… desejado… censurado! Afinal, o cu é o símbolo da liberdade! Quero que todas as pregas da moral sejam perdidas para que possamos fazer a nossa própria moral. Isso é bom para o manual!
E se me faço livre, quero transformar o tabuleiro em um chão de estrelas marcadas como tatuagens de um amor marginal. Estrelas que desabrocham em uma imensidão que parece um céu de flores não catalogadas. Quero sentir meu corpo seco e molhado enquanto carrego a primavera nos dentes, nos olhos e na pele. Quero flutuar por um novo tempo que me faça acreditar que nesse mundo algo há de valer a pena. Quero ver, em cena, rastro de cobra e couro de lobisomem para ficar em dúvida se corro para o bicho pegar ou se fico para o bicho comer. Afinal, sou feita de carne e purpurina, à la Dzi Croquettes!
E como tal, quero me tornar uma borboleta nesse desenxadrezamento tropical. Uma mistura de vedetchy com Pauletchy! Com minhas grandes asas quero voar pelo tabuleiro e transformá-lo em um palco onde a arte transforma a vida, e a felicidade de ser o que se deseja é uma grande estratégia para derrotar os oponentes. Borboletas também sangram, choram e se desesperam na batalha, mas nunca desistem de voar. Por isso quero sempre voar para me sentir viva. Quero espalhar a revolucionária mensagem de que só o amor constrói! E voar é cantar, dançar, expressar tudo o que se é como se fosse uma aclamada peça de teatro besteirol. Quero voar longe, até chegar ao planeta Carnaval.
E quando chegar lá… quero ser a pioneira, erguer minha bandeira, aprofundar minhas raízes, espalhar minhas sementes, dar meus botões, bater minhas asas, rodopiar pelas ruas e avenidas e espalhar fantasias pelos multiversos. Quero ser um espírito do tempo, interplanetário, extraordinário, beber cachaça como se fosse água para tomar um porre e sacudir todo o tabuleiro. Eu quero que sintam o meu astral, pois estarei cheia de desejo e quero cobrir os seres de beijos, etecetera e tal. Quero ser Artista, Sambista, Rainha, Peoa, Cavalo, Bispo e Torre. O objetivo final desse jogo será o prazer!
E quando o jogo acabar… só talvez eu queira mamar, e pode ser que eu queira Manaus, mas o que eu realmente quero… Mamãe, eu quero ser Croquetchy!

Espero que meus desejos se realizem, pelo menos, na avenida.

Com amor,

Saudade.

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