O GRESV Deixa de Truque apresentará no Grupo de Acesso do Carnaval Virtual 2020 um enredo crítico a sociedade brasileira com o título “Bem vindo à Korkovado” em homenagem à Renata Ventura é uma autora de literatura fantástica que escreve sobre as escolas de magia e bruxaria brasileiras, um mundo semelhante ao clássico universo de Harry Potter escrito pela autora J. K. Rolling, de autoria do Carnavalesco Tiago Herculano e do enredista Murilo Polato.
FICHA TÉCNICA:
Presidente: Tiago Herculano
Carnavalesco: Tiago Herculano
Intérprete: Bia Quintino
Enredista: Murilo Polato
ENREDO:
Bem vindo à Korkovado
Autor: Tiago Herculano e Murilo Polato
Justificativa:
Renata Ventura é uma autora de literatura fantástica que escreve sobre as escolas de magia e bruxaria brasileiras, um mundo semelhante ao clássico universo de Harry Potter escrito pela autora J. K. Rolling. Contudo, as obras da Renata abordam além da temática da magia as problemáticas trazidas com as questões sociais que podemos observar no Brasil. A obra de Ventura dialoga com todas as idades sobre dificuldades encontradas em alguns setores como: na educação, na forma como o governo trata a nossa cultura, os problemas que o tráfico de drogas provoca no sistema escolar e as dificuldades das pessoas que lutam para encontrar uma saída dessa realidade. Todos esses temas são abordados nas duas obras que servem como base para a construção desse desfile: A Arma Escarlarte e A Comissão Chapeleira e ao observar essas obras surge a ideia de se construir um enredo abordando essa história que ao mesmo tempo trás encanto e dor.
Sinopse:
E é começando por essa história contida na obra de Renata Ventura que a escola virtual Deixa de Truque vai abordar um mundo mágico em que esse descendente nasceu, trazendo quem é esse personagem e quais os seus desafios nesse mundo de magia e bruxaria no Brasil.
O personagem central das obras é Hugo, o descendente de Xangô, um jovem rapaz do morro Dona Marta no Rio de Janeiro que aos 13 anos recebe o convite para ingressar na escola de magia e bruxaria da Korkovado (Nome da escola da região sudeste situada dentro do morro do Corcovado). Entretanto, o personagem possui alguns conflitos com os traficantes do morro, sua mãe e avó são reféns desses bandidos. Assim, o objetivo de Hugo com a escola é descobrir o nome da magia da morte para matar o traficante chefe do morro, o Caiçara, e, com isso, salvar sua família. A autora nessa primeira obra, A arma Escarlate, trabalha como foco duas questões: os problemas na educação brasileira e como o tráfico de drogas acarreta entraves no sistema escolar. Com isso, a escola de magia e bruxaria também se torna um refúgio para todos aqueles alunos que querem fugir da dura realidade das ruas e das drogas. Hugo termina por aprender como a educação muda a vida dessas pessoas e se tenta ser transformado pela educação, de tal forma que acaba salvando vidas e não retirando-as, como planejava fazer em seu início.
Na segunda obra, A Comissão Chapeleira, a autora desenvolve a ideia da luta contra uma política que não valoriza a cultura brasileira. A magias do universo são em tupi e no dialeto africano, Iorubá – Isso ocorre porque tanto a cultura indígena quanto a africana são fatores importantes para a construção da identidade do povo brasileiro – mas com a eleição do presidente Lazai-Lazai um conservadorismo é instalado nas escolas de magia e bruxaria brasileiras. Uma comissão de bruxos, os chapeleiros, é instaurada para tentar colocar ordem na educação do Brasil no intuito de aproximar os padrões brasileiros aos europeus. Assim, a cultura do nosso povo é subjugada. Como exemplo, fica proibido aulas sobre a cultura afro e qualquer coisa que a envolva, como magias e rituais. A arte é afetada, a música e o teatro são proibidos e os alunos ficam “hipnotizados” por um governo fascista que valoriza uma visão eurocêntrica proibindo o pensamento, o conhecimento e a reflexão. É nesse contexto, em que a música é tratada como algo marginalizado, assim como o Samba foi um dia, que Hugo e outros alunos decidem fazer um grande musical para libertar o povo dessa opressão cultural que foram submetidos. Os alunos descobrem que a música consegue quebrar o feitiço de hipnose nos alunos e assim, conseguem derrotar o governo que se instalou na escola. Para isso, eles fazem um grande musical em valorização a cultura brasileira, suas músicas e sua arte. A ideia da música (arte e cultura) ser o que consegue tirar as pessoas da hipnose (o controle de massa do governo) é um ponto forte na obra da autora Renata Ventura.
Um grande musical é feito, assim como o desfile de carnaval, que é uma grande ópera ao ar livre. A Deixa de Truque faz, portanto, de seu desfile um grande musical para libertar as pessoas dessa opressão que tanto retira do povo os seus direitos e oprime sua cultura. Para buscarmos valorizar nossa identidade brasileira que é nossa maior magia contida em cada um de nós. Dessa forma, a cultura vence a política opressora.
A Deixa de Truque agradece a Renata Ventura pela possibilidade de abordagem da identidade brasileira por meio de suas obras nesse desfile, pois acreditamos que somente valorizando o que é nosso, o que é brasileiro, nossa cultura, nossa educação, o samba como nossa identidade e nossa linguagem que conseguimos vencer qualquer governo opressor.
Referências:
VENTURA, Renata. A arma escarlate. 1ª edição. Osasco: Novo Século Editora, 2011.
VENTURA, Renata. A comissão chapeleira. 1ª edição. Osasco: Novo Século Editora, 2014.
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