Vídeo: ‘Se o Waze quebrar no dia da eleição, ele não vota’, diz Boulos sobre Tarcísio

Deputado federal eleito com mais de 1 milhão de votos por São Paulo, Guilherme Boulos, do PSOL, concedeu entrevista nesta segunda-feira (4) ao programa “Roda Viva” da TV Cultura.

Durante sua participação na atração comandada por Vera Magalhães, o líder do MTST analisou o processo eleitoral de São Paulo com a derrota do PSDB, opinou sobre o adversário de Fernando Haddad no segundo turno para o governo do estado e explicou o motivo da dificuldade do PT e da esquerda de conseguir cargos em São Paulo.

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“O interior de São Paulo, e é importante dividir, é diferente da região metropolitana. Na região metropolitana, Lula venceu, o Haddad ganhou e o Márcio França ganhou e é de onde vieram mais da metade dos meus votos. Metade do eleitorado está na região metropolitana, a outra metade, no interior. No interior, tem uma força grande do agronegócio, que tem as principais lideranças apoiando Bolsonaro, e você tem um viés mais conservador. Mas eu não acho uma barreira intransponível”, afirmou.

‘Não consegue chegar à Praça da Sé’

Em relação ao candidato de Bolsonaro para o governo paulista, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, Boulos disse que “acha impressionante, e que soltar Tarciso por aí, sem Waze, ele não consegue chegar à Praça da Sé. E que se o Waze quebrar no dia da eleição ele não vota. Não sabe o seu colégio eleitoral, é incrível ter a votação que teve”, completou.

Os candidatos Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) foram os mais votados e irão decidir a disputa para o governo de São Paulo no segundo turno. O petista ficou com 35,46% dos votos e o estreante nas eleições, que nasceu no Rio e transferiu seu domicílio eleitoral neste ano para São Paulo, ficou com 42,59%.

“Fernando Haddad está no jogo, ele é competitivo, ele tem todas as condições de ganhar as eleições em São Paulo. Parte do eleitorado do Rodrigo pode ir para ele”, destacou.
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