Sérgio Moro quer regras mais duras para quem é preso por crime grave

Sérgio Moro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag.Brasil

Sérgio Moro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag.Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, que assumirá o superministério da Justiça e da Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, se reuniu nesta quinta-feira (8) em Brasília com o atual titular da pasta, Torquato Jardim.

Moro declarou que é preciso criar vagas nos presídios do país para resolver a superlotação e defendeu um endurecimento para quem pratica crimes graves.

“Evidentemente, a questão carcerária é um problema e nós estamos refletindo sobre ela da forma mais apropriada. É necessário ampliar vagas, é necessário eventualmente ter um filtro melhor”, afirmou Moro.

“É inequívoco que existe no sistema carcerário, muitas vezes, um tratamento leniente ao meu ver a crimes praticados com extrema gravidade, casos de homicídio qualificado de pessoas que ficam poucos anos presas em regime fechado. Para esse tipo de crime, tem que haver um endurecimento”, acrescentou.

Sérgio Moro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag.Brasil
Sérgio Moro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag.Brasil

“As eleições transmitiram um recado que há uma insatisfação grande da população com a segurança pública, que é um problema sério, difícil de ser tratado, e precisa ser equacionado. Em parte, equacionado por medidas executivas, independentemente de leis, mas é um momento propício para apresentação de um projeto legislativo”, completou o juiz.

Sobre o pacote anticorrupção apresentado pelo Ministério Público e desfigurado pela Câmara, Moro disse que a ideia do novo governo é resgatar parte das propostas e “inserir coisas novas”. O pacote está atualmente em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

“A ideia é um plano forte, mas simples, para que seja aprovado em um tempo breve no Congresso. Anti-corrupção e anti-crime organizado, são as duas prioridades da próxima gestão”, concluiu.

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