Prefeitura diz não ter recurso e devolve duas ambulâncias novas

Prefeitura diz não ter recurso e devolve duas ambulâncias novas. Foto: Reprodução

Depois de ficarem quase quatro anos paradas no almoxarifado da Prefeitura de Leme, no interior de São Paulo, duas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, vão ser devolvidas para o Ministério da Saúde. A administração informou que não tem dinheiro para custear o serviço de urgência na cidade.

As ambulâncias foram entregues pelo Governo Federal em setembro de 2014 e custaram R$ 245 mil cada. A ideia era implantar o Samu na cidade, mas, depois que chegaram, os carros nunca foram usados.

Em junho deste ano, a Prefeitura de Leme enviou um ofício ao Ministério da Saúde e justificou que a antiga administração municipal não fez um estudo de viabilidade, ou seja, pediu as ambulâncias sem saber se teria condições de manter tudo em funcionamento. O documento também diz que a cidade nunca teve dinheiro para custear o uso dos equipamentos e os profissionais para trabalhar no Samu.

Atualmente a Prefeitura de Leme tem 7 ambulâncias próprias que fazem o atendimento básico. Os casos de emergência são feitos pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros e a administração tem contrato com uma empresa de serviços hospitalares que possui ambulância de Unidade de Terapia Intensiva.

O secretário de Negócios Jurídicos de Leme, Kaleb Barbato, explicou ao G1 que os bombeiros fazem a triagem dos casos mais graves e avaliam quando é preciso ter a ambulância de terapia intensiva. Nesses casos, a prefeitura paga a empresa terceirizada quando o serviço é usado.

“O serviço com essa empresa, a estimativa do custo anual é quase a metade do custo mensal que a gente teria com o Samu. Então a gente já percebe que o Samu é um valor bastante fora da realidade do município e ele não tem um custo benefício compatível com a necessidade dos nossos atendimentos aqui da cidade”, disse.

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