Rio: Polícias informam 18 mortos em operação no Complexo do Alemão

Complexo do Alemão. Foto: Reprodução de vídeo

Complexo do Alemão. Foto: Reprodução de vídeo

Representantes da Polícia Civil e da Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro deram entrevista coletiva no início da noite desta quinta-feira (21) sobre a ação das duas corporações no Complexo do Alemão, mais cedo.

Foram confirmados, pelas autoridades, 18 mortos na ação, sendo 16 suspeitos, um policial e uma moradora. A operação policial tinha como alvo uma quadrilha de roubo de veículos. Durante a coletiva, o subsecretário operacional da Polícia Civil, Ronaldo Oliveira, disse que os criminosos “escolheram atingir os policiais”. Com a confirmação do número de vítimas fatais, a ação desta quinta se torna a quarta operação policial mais letal da história do Rio.


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+ Resumo da operação (de acordo com informações da Polícia Militar):

4 presos na Favela da Galinha;
apreensões: metralhadora .50 (capaz de derrubar helicóptero), quatro fuzis e duas pistolas;
contingente: 400 policiais de Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil;
equipamentos: 4 helicópteros e 10 veículos blindados usados na ação.
resultado: 48 motos apreendidas

Governador se manifesta pelo Twitter

O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Cláudio Castro (PL), usou o Twitter para defender que os criminosos envolvidos em ações violentas durante a operação da polícia no Complexo do Alemão sejam levados para presídios Federais.

“Acabo de ligar pro ministro da Justiça, Anderson Torres. Estamos levantando informações sobre os criminosos que atacaram nossos policiais no Complexo do Alemão. Enviaremos os resultados da investigação ao Ministério pra que esses criminosos sejam conduzidos pra presídios federais”, tuitou.

A Ouvidoria da Defensoria Pública do Rio de Janeiro tem versão diferente. A informação do órgão é de que ao menos 20 pessoas morreram durante a operação policial no Alemão. Guilherme Pimentel, ouvidor da Defensoria Pública, afirma que levantou o número junto ao diretor da UPA, uma Unidade de Pronto Atendimento do Alemão, onde chegaram 15 corpos, e da equipe de assistência social do Hospital Estadual Getúlio Vargas, para onde outros 5 corpos foram levados, incluindo o de um policial militar.

Ao longo da tarde de quinta-feira, moradores levaram corpos às unidades de saúde e duas das vítimas têm identidade conhecida: Letícia Salles, 50, atingida por um tiro em um carro, e o cabo da PM Bruno de Paula Costa. De acordo com a PM, o cabo Costa foi atingido durante um ataque à base da UPP, Unidade de Polícia Pacificadora, por criminosos.

Nas redes sociais, moradores do Complexo relatam um cenário de guerra em meio à operação, com “rajadas de tiros” e moradores sendo acordados e atingidos pelo intenso tiroteio.

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