Professora bolsonarista rejeita alunos por serem ‘esquerdistas’

Professora dispensou alunos em grupo de WhatsApp. Foto: Reprodução

Professora dispensou alunos em grupo de WhatsApp. Foto: Reprodução

Uma professora bolsonarista da Universidade Federal do Amapá (Unifap) dispensou alunos doutorandos de Farmácia por serem, segundo ela, “esquerdistas”. A informação foi divulgada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e circula nas redes sociais.

Em uma mensagem postada em um grupo que mantém com discentes da instituição pública, a profissional Sheylla Susan de Almeida avisa a dois estudantes que eles terão que buscar outro orientador.

“Procurem outro professor para orientar vocês. Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de vocês. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de vocês, e que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento. Ou estão comigo ou contra mim”, escreveu a educadora, nesta quarta-feira (2), pedindo que sua posição fosse compartilhada com outros alunos que fossem petistas.


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Apesar de ministrar aulas na área da Saúde, Sheylla já fez publicações negacionistas sobre a pandemia da Covid-19 no Instagram, criticando inclusive as medidas adotadas para conter a doença que matou milhares de pessoas no Brasil.

Declarada apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, a docente contabiliza postagens com ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), críticas à idoneidade do sistema eleitoral e foi autora de um post que comparou o presidente eleito Lula a Adolf Hitler.

Em nota nas redes sociais, a Unifap caracterizou o caso como “assédio”, disse repudiar a conduta e afirmou que “serão adotadas as providências necessárias” após a apuração dos fatos.

Procurada pelo jornal “Folha de São Paulo”, Susan se desculpou pela atitude e lembrou que sua profissão não serve a preferências políticas.

“No calor das eleições, acabei me excedendo nas palavras”, afirmou. “Peço desculpas pelo ocorrido, as eleições passam e a educação fica.”

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