Prefeitura suspende alvará de quiosques onde Moïse Kabamgabe foi morto

Vídeo mostra momento em que congolês é morto no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/Youtube/SBT

Vídeo mostra momento em que congolês é morto no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/Youtube/SBT

A Prefeitura do Rio, por meio das secretarias de Fazenda e Planejamento (SMFP) e de Ordem Pública (SEOP), suspendeu a licença do alvará de funcionamento dos quiosques 62 A e 62 B (Tropicalia Bar e Lanchonete LTDA), localizados na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, até que sejam apuradas, pelas autoridades competentes, as responsabilidades sobre a morte do cidadão congolês Moïse Kabamgabe, vítima de agressão no último dia 24 de janeiro.

As agressões duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança de um dos quiosques. Moïse apanhou de cinco homens que, segundo testemunhas, usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida.

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Tendo em vista que o crime ocorreu nas imediações dos quiosques alcançados pelo contrato de concessão firmado entre o município do Rio e a Orla Rio, a Prefeitura informou também que notificou a concessionária para que garanta a restrição temporária de funcionamento dos estabelecimentos.

Os quiosques já foram notificados na tarde desta terça-feira (1). A interdição tem o objetivo de garantir a proteção da população local e se manterá em vigor até que seja verificado o atendimento das condições de segurança para restabelecimento das atividades, em obediência às determinações previstas no termo de permissão de uso do local.

Kabagambe morava no Brasil desde 2011, depois de fugir de conflitos armados na República Democrática do Congo. O corpo foi encontrado por policiais militares amarrado, no chão, próximo a um dos quiosques. Segundo familiares, ele prestava serviço no estabelecimento servindo mesas na areia e tentava cobrar pagamentos atrasados quando acabou sendo atacado.

O SBT obteve com exclusividade o laudo da morte do congolês. Segundo o documento, a necrópsia foi feita um dia após o assassinato e apontou como causa da morte traumatismo do tórax com contusão pulmonar. As imagens do exame revelam lesões concentradas nas costas e o tórax aberto, com os órgãos dentro.

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