Um vídeo do atual presidente da República, postado nas redes sociais em 31 de janeiro deste ano e tirado do ar no dia seguinte, pode exemplificar bem como caminhará o eleitorado nas eleições presidenciais marcadas para outubro próximo.
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A gravação mostra Jair Bolsonaro (PL) comendo frango com farofa com as mãos, numa barraca em Brasília. A comida se espalha pela roupa e pelo chão.
O presidente, de botas, desagradou até sua base aliada. O Ministério das Comunicações tratou logo de apagar o registro.
A ideia, talvez, fosse mostrar ao eleitor que Bolsonaro é um homem do povo. Mas o povo brasileiro realmente é assim ou almeja ser?
A discussão sociológica volta nesta semana quando Jair Bolsonaro disse, na sexta-feira (18), durante uma live nas redes sociais, que o preço da carne era mais barato durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Ah, no tempo do Lula, você comprava carne mais barata? Comprava sim”, refletiu.
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O ex-presidente se apresenta como o grande adversário de Bolsonaro e nunca, um presidente no cargo, desde a redemocratização e após o advento da reeleição ser implementado, em 1996, esteve tão ameaçado, segundo as pesquisas de intenção de voto, de não reeleger-se.
Lula e seus eleitores repetem o mantra de que, no seu tempo de governo (2003 – 2010), os pobres passaram a consumir carne e, além disso, tiveram acesso aos produtos, bens e serviços antes restritos apenas aqueles que tinham o status de estar na chamada classe média.
Afinal, como evoluiu o preços das carnes no país?
O contrafilé, por exemplo, era sendo vendido por R$ 18,99 o quilo, e o patinho, a R$ 12,99, numa grande rede de supermercados do país em 2010, último ano do governo Lula. O filé mignon saía por R$ 45,99, enquanto o patinho custava R$ 16,99.
A subida do preço da carne vermelha no Brasil ainda contribuiu para a mesma tendência de alta de outra carnes, como a de frango, porco e peixes, buscadas como alternativa para compor o cardápio das famílias:
Historicamente, o eleitorado brasileiro, em sua maioria, não vota por identificação ideológica. Diferente de outras nações onde existe divisão clara, como nos Estados Unidos, entre republicanos e democratas, outro fator é decisivo para formar cada escolha individual diante da urna: o bolso.
É a área econômica a preponderante para o encaminhamento dessa decisão. Desde o final dos governos petistas, em 2016 com o impeachment de Dilma Rousseff (PT), as famílias têm sentido a diminuição da renda, o aumento do desemprego e a alta da inflação, que está em seu maior patamar desde 2015.
A escolha deste ano passará pelo cardápio e pela auto estima do povo brasileiro, que desde o mais humilde trabalhador, deseja comer carne e, se possível, em grande estilo.
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