O Brasil não merece o ódio; presidenciáveis lamentam crime no MT
Candidatos à presidência da República publicaram, nesta sexta-feira (9), mensagens nas redes sociais sobre o assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, apoiador do também candidato Jair Bolsonaro (PL).
Santos era eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi morto com golpes de faca e machado, durante uma discussão, justamente, por questões políticas divergentes entre os dois.
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O crime aconteceu em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa, cidade que fica a 1.160 km da capital Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, os dois homens trabalhavam juntos no corte de lenha em uma propriedade e, na noite de 7 de setembro, começaram a discutir sobre política (veja a repercussão):
É com muita tristeza que soube da notícia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona Rural de Confresa. A intolerância tirou mais uma vida. O Brasil não merece o ódio que se instaurou nesse país. Meus sentimentos à família e amigos de Benedito.
— Lula 13 (@LulaOficial) September 9, 2022
Mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta que pode inundar de sangue o nosso solo. Abaixo a violência política. O Brasil quer paz! pic.twitter.com/VwwxKKG346
— Ciro Gomes 12 (@cirogomes) September 9, 2022
O presidente, como representante do povo, precisa clamar por paz e união. A incitação ao ódio leva à violência, que faz mais uma vítima. Chega de briga! Chega de divisão! Enquanto eles separam o Brasil, nós vamos uni-lo com amor e coragem!https://t.co/PPO7LnYTqc
— Simone Tebet (@simonetebetbr) September 9, 2022
Estamos regredindo de mãos dadas c/ a barbárie.Tem gente morrendo no Brasil por causa de adversidade política e partidária. Enquanto eles brigam, quem apanha é o povo brasileiro. Envergonham o País c/ corrupção, nos distraem c/ a polarização e, além disso, derramam sangue alheio. pic.twitter.com/ewLpUU1B0P
— SorayaPresidente (@SorayaThronicke) September 9, 2022
Escalada de violência com motivação política
No último dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, Marcelo Arruda foi assassinado a tiros enquanto comemorava o próprio aniversário, que tinha como tema o PT. O acusado, Jorge Guaranho, é apoiador declarado do presidente Bolsonaro e não era convidado da festa.
Arruda celebrava com amigos e familiares na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, quando o policial penal federal invadiu o local aos gritos de “Bolsonaro” e “mito”.
A esposa de Arruda se identificou como policial civil e mostrou o distintivo, o que convenceu Guaranho a ir embora, mas ele retornou à festa sozinho depois de 20 minutos.
Arruda também se identificou como guarda municipal e resolveu pegar a própria arma, quando recebeu os dois primeiros tiros, disparados por Guaranho. Já ferido, o guarda municipal revidou com mais disparos e acertou o policial penal com pelo menos três tiros. Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o caso.
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