Milton Ribeiro não negou ter cometido irregularidades no MEC, diz PGR

Milton Ribeiro. Foto: Reprodução da TV

Milton Ribeiro. Foto: Reprodução da TV

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro teria se reunido 18 vezes, em um período de 15 meses, com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de envolvimento em um suposto esquema de tráfico de influência no Ministério da Educação.

Em oitiva, Milton negou que tenha cometido irregularidades quando chefiava o MEC. Ele também afirmou à Polícia Federal que ministro de Estado não tem a atribuição de direcionar verbas.

O ex-ministro é acusado de receber pastores para combinar a distribuição de verbas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação para prefeituras indicadas pelos pastores.

Segundo as investigações, em troca da intermediação de envios de verba, os pastores receberiam propina. “Da análise das alegações do ministro representado, observa-se que este em momento algum negou ou apontou falsidade no conteúdo da notícia veiculada pela imprensa, admitindo, inclusive, a realização de encontros com os pastores nela mencionados”, diz o texto da PGR, anexado ao inquérito pela Polícia Federal.

Após as denúncias, Milton e os pastores chegaram a ser presos por determinação do juiz Renato Boretti, da 15ª Vara Federal de Brasília, mas tiveram as detenções revogadas pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Federal da 1ª Região (TRF-1).

Em nota enviada à imprensa, a defesa do ex-ministro reafirma que Milton Ribeiro “não cometeu qualquer ilicitude, independentemente da esfera de apuração”. O comunicado diz ainda que, “quando o ministro tomou conhecimento de denúncias envolvendo terceiros, com quem encontrou pouquíssimas vezes, imediatamente comunicou o fato à CGU, requisitando pronta investigação e acionamento da Procuradoria da República”.

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