Médico do Sírio fala sobre chance de lesão na garganta de Lula ser malígna

A chance da lesão identificada e retirada das cordas vocais do presidente eleito do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser maligna é “quase zero”.

A informação foi dada pelo jornal O Estado de S. Paulo por Luiz Paulo Kowalski, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Sírio-Libanês, na Zona Sul de São Paulo, e membro da equipe médica de Lula.

“É muito raro o exame definitivo mostrar algo diferente em um caso como esse. O patologista que fez a análise no momento da cirurgia é muito experiente e não ficou com dúvidas (sobre a presença de células cancerígenas). Eu diria que a chance de malignidade é quase zero”, explicou.

Lula passou por cirurgia para a retirada da lesão na noite de domingo (20). A lesão, chamada de leucoplasia, foi diagnosticada em 12 de novembro em uma avaliação de rotina e na ocasião mostrou completa remissão do tumor diagnosticado no presidente em 2011.

A cirurgia foi feita sob anestesia geral, começou por volta das 20h e durou cerca de 40 minutos. O procedimento aconteceu sem complicações e o presidente teve alta cerca de 12 horas depois, na manhã desta segunda.

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“Ele deverá fazer repouso vocal, mas pode conversar normalmente, participar de reuniões e falar ao telefone. O que ele não pode é exagerar, fazer esforço, gritar em discursos, falar por muito tempo, porque isso pode atrapalhar a cicatrização. Mas ele pode continuar participando das atividades de transição, isso não vai atrapalhar em nada, poderá opinar nas decisões. Mas terá que ser mais ouvinte para não forçar tanto a voz”, acrescentou o cirurgião.